SE O MINISTRO DO TURISMO CAIR GILSON NETO É O NOME MAIS FORTE PARA OCUPAR O MINISTÉRIO
Por Marcos Lima Mochila
Desde fevereiro, quando o caso dos laranjas do PSL na eleição de 2018 foram revelados pelo jornal Folha de S.Paulo, que a situação do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio (PSL), vem ficando cada ez mais insustentável.
No último dia 27 de junho, a Polícia Federal deflagrou, em Brasília e em Minas Gerais, operação contra um assessor especial e dois ex-assessores do ministro. Em Brasília, os policiais prenderam Mateus Von Rondon Martins, assessor especial no Ministério do Turismo, um dos mais próximos aliados de Álvaro Antonio. É seu braço-direito na pasta do governo de Jair Bolsonaro.
Outro preso na mesma operação foi Roberto Silva Soares, conhecido como Robertinho Soares, que foi o coordenador da campanha de Álvaro Antônio no Vale do Aço, em Minas, e figurou como assessor de seu gabinete na Câmara dos Deputados em períodos compreendidos de 2015 a 2018.
A situação já levou à queda do ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, que comandou o partido nacionalmente em 2018.
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) já revelou, em diversas ocasiões, que a situação do ministro do Turismo causa desgaste para o governo e que esperaria a conclusão da apuração da PF para decidir o destino de Álvaro Antônio. No entanto, os comentários em rodas de políticos de Brasília são de que o presidente só estaria esperando o resultado da votação da presidência na Câmara – cujo 1º turno já aconteceu na semana que passou, com uma ampla vitória do governo -, para decidir a situação do ministro.
Caso isto aconteça, o nome mais forte para assumir o Ministério do Turismo é o do empresário pernambucano Gilson Machado Guimarães Neto, atual presidente da Embratur.
Além de ser amigo pessoal do presidente Jair Bolsonaro, que o indicou para presidir a Embratur, Gilson é um empresário de sucesso e de largo conhecimento do segmento de turismo, sendo ainda uma pessoa que tem a simpatia da maioria do trade turístico nacional.
Uma fonte do alto escalão que não quis ser identificado revelou, inclusive, que o atual ministro “está com medo porque o pernambucano faz sombra e poderá ser alçado ao cargo de ministro nos desdobramentos do caso dos laranjas do PSL”.
No atual governo, antes de ser nomeado para a presidência da Embratur, Gilson Neto foi secretário de Ecoturismo no Ministério do Meio Ambiente, já que sempre teve uma grande preocupação com a problemática das tartarugas marinhas, que morrem sufocada com rede de pesca no Litoral Norte de Alagoas e já chegou a ser cotado para ser ministro do turismo, mas as reviravoltas nos bastidores terminaram tirando ele da relação.
Sua nomeação para presidente da Embratur agradou a diversos nomes envolvidos com o turismo no Brasil. O secretário de Turismo e Lazer de Pernambuco, Rodrigo Novaes é um dos que elogiaram a nomeação do pernambucano para a presidência do Instituto Brasileiro do Turismo (Embratur).
“Quero parabenizar Gilson Neto e desejar a ele boa sorte na missão de ajudar a fomentar o Turismo no Brasil. Pernambuco vai trabalhar em conjunto com a Embratur e tenho certeza que faremos muitas parcerias, no sentido de desenvolver e interiorizar o Turismo no nosso Estado”, destacou Rodrigo Novaes na época.