Arquivos do mês março 2019

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TERESINA (PI) – As associações municipalistas que representam os prefeitos dos nove estados da região elaboraram a “Carta do Nordeste”, documento com as prioridades a serem apresentadas ao presidente Jair Bolsonaro, provavelmente na Marcha dos Prefeitos, a ser realizada de 8 a 11 de abril, em Brasília. Os presidentes dessas entidades se reuniram durante todo o dia de hoje (18), em Teresina (PI), onde debateram os pontos da carta. A sugestão para o encontro partiu do presidente da Amupe e prefeito de Afogados da Ingazeira, José Patriota.

De acordo com Patriota, entre os pontos que integram o documento estão questões relacionadas à água, Transposição do Rio São Francisco, saneamento, coleta de resíduos. “A grande maioria das cidades do Nordeste faz a coleta de seus dejetos e não há tratamento. Colocamos isso porque, ao invés de correr água limpa nos rios, corre esgoto. É uma vergonha nacional!”, pontuou. Outro assunto, segundo o presidente, foi energia renovável. “Essa riqueza precisa ser mais distributiva. Não só as empresas investirem, mas os pequenos produtores. Proprietários também podem ser geradores e essa energia, vendida a preço de mercado. O que faria a vida de muitas pessoas dar um salto, gerando renda e ajudando, também, a economia do Nordeste”, afirmou.

Outro reivindicação foi um robusto programa de moradia popular. “A construção civil também ajuda muito. Se as pessoas não tiverem empregadas, não tiverem renda, elas não vão comprar. Toda a economia ganha quando o povo tem renda”, argumentou Patriota. “A conclusão da Transnordestina; a questão dos salários; o fortalecimento dos órgãos regionais de desenvolvimento como o Banco do Nordeste, BNDES, DNOCS, Codevasf e Sudene. Esses órgãos precisam ser reestruturados e fortalecidos. E não dizimados. Também fazemos uma referência aos salários dos estados”, concluiu Patriota.

Saúde e Educação, logicamente, figuram na lista. Também participaram do encontro o governador do Piauí, Wellington Dias, o presidente da Confederação Nacional Municipalista (CNM), Glademir Aroldi, senadores, deputados federais e prefeitos dos municípios do Piauí. O documento formulado hoje será detalhado posteriormente junto à representantes do Governo Federal.

A segunda edição do evento, organizado pela ADPF-DF, será realizada no CICB, e discute as inovações tecnológicas no combate à criminalidade

ADPF - DF/Divulgação
ADPF – DF/Divulgação

Postado por Marcos Lima Mochila

 

 

A Capital Federal se prepara para receber mais uma edição do Simpósio Internacional de Segurança, promovido pela Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal, regional do Distrito Federal (ADPF-DF). O evento será realizado em 19 e 20 de março, no Centro Internacional de Convenções do Brasil, e terá como discussão principal “As inovações tecnológicas no combate à criminalidade”. Os interessados em participar devem se inscrever no www.sintsp.com.br. As inscrições são gratuitas para gestores e servidores públicos das áreas de segurança, tecnologia e inteligência.

Luciano Leiro, vice-presidente da ADPF e diretor regional da ADPF-DF: “tecnologia para otimizar a segurança e ajudar o Estado”

A programação é bastante variada e conta com diversos painéis sobre gestão de fronteiras, segurança pública, crimes cibernéticos, sistema penitenciário e Smart Cities. O encontro visa debater sobre as novas tecnologias aliadas à segurança pública, além de trazer uma feira de exposição de produtos e serviços sobre o tema.

No primeiro dia, o escritor, palestrante e psicólogo clínico Rossandro Klinjey promove um talk show com convidados sobre “Ética no Combate à corrupção”, a partir das 20h. O mediador será o delegado Luciano Leiro, Vice-Presidente da Associação Nacional de Delegados da Polícia Federal e Diretor Regional da Associação, no Distrito Federal. Segundo ele, o evento é uma oportunidade para que as boas práticas já implantadas na Segurança Pública possam ser acessíveis e que os gestores do país tenham o conhecimento delas.

ADPF - DF/Divulgação
ADPF – DF/Divulgação

“Entendemos que o Estado tem dificuldade e escassez de recursos humanos. Sem dúvida alguma é a tecnologia que vai nos ajudar a otimizar esse quadro e a chegar onde o Estado muitas vezes não consegue. Neste diapasão, a ADPF pode ser uma facilitadora de conhecimento entre o setor privado e o público. Por isso, o evento será importante para que os participantes conheçam os casos que deram certo no Brasil e no mundo”, garante Leiro.

Especialistas em segurança pública, empresários do setor e representantes de instituições policiais também estarão nos dias do evento. A expectativa é de que até 2 mil pessoas compareçam ao simpósio.

 

Programação:

19 de março:

8h: Credenciamento

9h: Abertura

10h: Palestra Inaugural

10h30: Cofffee Break

11h: Painel Segurança Pública I

– O uso da tecnologia na gestão de políticas públicas de enfrentamento ao feminicídio no DF com Alessandro Moretti, Delegado da PF e Secretário Executivo da SSP/DF

– Quanto suas informações estão protegidas? Espionagem X Investigação X Sabotagem com Milton Donixeti Heineke, CEO da Berkana

– Combatendo o crime com o uso das tecnologias de comunicação móvel de dados com Márcio Toscano, diretor da Autotrac

– United Technologies – a definir

– Mediador: Luciano Leiro, delegado da PF e Vice-Presidente da ADPF

12h30: Almoço

14h: Transformando a Segurança Pública com inteligência artificial focada em monitoramento, operação e gestão, com Kirk Arthur, Diretor Mundial da Microsoft para Segurança Pública e Inteligência e Ex-Supervisor Especial do Serviço Secreto Americano

14h50: Painel Sistema Penitenciário

– O uso da tecnologia da informação e comunicação para aumentar a segurança nos presídios com Edison Ambrosio, Diretor de Vendas de Defesa e Governo Federal da Motorola Solutions

– Transformação digital no sistema prisional, com o Coronel Alfredo Deak, Diretor Latam de Defesa & Inteligência da Microsoft

– Mediador: representante do Departamento Penitenciário Nacional – DEPEN

16h: Coffee Break / Feira de exposição

16h40: Painel Smart Cities 1

– Convergência e geolocalização de dados no vídeo monitoramento das cidades – Avigilon/HEX – a definir

– Smart Cities – conceito de ontem realidade de hoje – muito além da segurança – a definir – Axis

18h30: Feira de exposição

20h: Palestra “Ética no combate à corrupção” com Rossandro Klinjey

A 1a edição do simpósio organizado pela ADPF-DF foi realizado em 2018

20 de março:

8h: Credenciamento/ feira de exposição

9h: Painel Fronteiras

– Novas tecnologias na tríplice fronteira entre Brasil, Paraguai e Argentina, com Mozart Fuchs, Delegado da PF e Chefe da Delegacia de Foz do Iguaçu/PR

– Fiscalização inteligente: combate ao tráfico de drogas, armas e demais ilícitos nas fronteiras através da implementação de tecnologias de inspeção com Jonatas Maximilian Leite, Diretor Executivo da VMI

– Mediador: Rogério Galloro, delgado da PF e Assessor Especial da Presidência do Tribunal Superior Eleitoral e Delegado para as Américas no Comitê Executivo da Interpol

10h20: Coffee break/feira de exposição

11h: Painel Crime cibernético

– Projetos de combate aos crimes cibernéticos da PF: tentáculos e rapina, com Cassiana Saad de Carvalho, Delegada da PF e Chefe do serviço de repressão a crimes cibernéticos da PF

– Cyber Defense Preditivo – Avaliando o Ciberespaço em constante mudança com Longinus Vieira Timochenco, Diretor de Defesa Cibernética Latam da Stefanini e Diretor Operacional de Inteligência da ABIMEX-FIESP

– Os riscos globais da fusão do mundo real com o cibernético para o policiamento e a segurança com Michael O’Connell, VP e assessor executivo da Nec Corporation e Ex-Diretor Operacional de Suporte e Análise da Interpol

– Machine Learning, o uso da inteligência artificial contra o cibercrime com Leon Homar, executivo da Sophos

– Mediador – Cassiana Saad de Carvalho – Delegada de Policia Federal – Chefe do Serviço de Repressão a Crimes Cibernéticos da Policia Federal

12h30: Almoço

14h: Painel Segurança Pública 2

– Da defesa social à resposta beligerante: uso de tecnologia e estratégia no combate aos atentados do Ceará com André Costa, Delegado da PF e Secretário de Segurança Pública e Defesa Social da SSP/CE

– Inovações tecnológicas no combate à criminalidade contra as agências bancárias com Douglas Alexandre Azi Prehl Junior, Superintendente de Segurança do Banco Santander e Membro da Comissão de Segurança Bancária da Febraban

– Mediador: Edvandir Felix de Paiva, delegado de Polícia Federal, presidente da ADPF

15h20: Coffee Break

16h: Painel Smart Cities 2

– Soluções de segurança para cidades inteligente, com Bruno Lima, Coordenador de pré-vendas da Hikvision.

17h20: Painel Smart Cities 3

– Sistema de comunicação para missão crítica sobre a plataforma 4G privado, com

Ricardo Bovo , Diretor de LTE Privado LATAM da Huawei.

– Mediador: Luciano Leiro, delegado da Polícia Federal e Vice-Presidente da ADPF.

I Simpósio, em 2018 (ADPF - DF/Divulgação)
I Simpósio, em 2018 (ADPF – DF/Divulgação)

II Simpósio Internacional de Segurança

Data: 19 e 20 de março

Horário: a partir das 8h

Local: CICB – SCES Trecho 2, Conjunto 63, Lote 50 – Asa Sul

Informações e inscrições: www.sintsp.com.br

*Inscrições gratuitas para gestores e servidores públicos das áreas de segurança, tecnologia e inteligência.

A ampliação valerá apenas de segunda a sábado. As domingos, o horário será mantido das 7h às 19h

METRÔ DF 

Maria Eugênia – Metrópoles

Postado por Marcos Lima Mochila

 

 

Boa notícia aos usuários do Metrô-DF. A partir da próxima segunda-feira (25/3), os trens vão começar a circular mais cedo, às 5h30, e o encerramento das atividades se dará às 23h30.

Isso representa uma hora a mais na oferta do serviço, já que atualmente o horário de funcionamento é das 6h às 23h.

A ampliação valerá apenas de segunda a sábado. As domingos, o horário será mantido das 7h às 19h.

A empresa alega que a medida é necessária para atender à demanda, uma vez que quando as estações abrem, já há fila nos pontos de embarque.

O sistema funciona com 24 trens e transporta cerca de 150 mil pessoas diariamente.

Por Marcos Lima Mochila

JAIR BOLSONARO CHEGA AOS ESTADOS UNIDOS PARA ENCONTRO COM TRUMP

Jair Bolsonaro: presidente chega aos Estados Unidos para assinar acordos e se reunir com Donald Trump (Foto: Alan Santos/PR/Agência Brasil)
Jair Bolsonaro: presidente chega aos Estados Unidos para assinar acordos e se reunir com Donald Trump (Foto: Alan Santos/PR/Agência Brasil)

O QUE BOLSONARO CONSEGUIRÁ, E O QUE NÃO CONSEGUIRÁ, NOS EUA

The White House/Casa Branca: encontro de Bolsonaro com o presidente americano será nesta terça-feira (19) (/)
The White House/Casa Branca: encontro de Bolsonaro com o presidente americano será nesta terça-feira (19) (/)

Presidente brasileiro e sua comitiva têm série de encontros que devem ser pautados mais por aliança ideológica que por avanços econômicos concretos

Por Redação Exame

 

Em sua primeira visita oficial aos Estados Unidos, o presidente Jair Bolsonaro terá uma agenda de compromissos a partir de hoje. Nesta segunda-feira (18), ele vai participar de debates sobre investimentos na Câmara de Comércio e de uma audiência com Henry Paulson, ex-secretário do Tesouro americano.

Na terça-feira (19), na parte da manhã, o presidente se reunirá com Luis Almagro, secretário geral da Organização dos Estados Americanos, na Blair House, onde Bolsonaro e sua comitiva estão hospedados. São eles: o chanceler Ernesto Araújo (Ministério das Relações Exteriores), o general Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e os ministros Sergio Moro (Justiça e Segurança Pública), Paulo Guedes (Economia), Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e Ricardo Salles (Meio Ambiente).

Em seguida, seguem para a Casa Branca, onde o presidente será recebido pelo presidente Donald Trump. Os dois terão uma reunião a portas fechadas, no Salão Oval, apenas com a presença de tradutores. Entre as pautas que devem ser abordadas estão as salvaguardas tecnológicas para a exploração da base de Alcântara, no Maranhão. De acordo com a Folha de S.Paulo, o acerto é fundamental para que a Aeronáutica possa explorar comercialmente o centro de lançamentos, colocando o Brasil num mercado internacional milionário.

Além de Alcântara, Brasil e Estados Unidos devem celebrar a reativação da comissão de um acordo de comércio e cooperação entre os dois países, o lançamento de um fórum de executivos, a constituição de um fundo para financiar pequenas empresas que atuem na área de sustentabilidade na Amazônia e a criação de um fórum na área de energia.

 

PRIMEIRO COMPROMISSO DE BOLSONARO EM WASHINGTON

Foto do jantar na embaixada brasileira em Washington D.C. compartilhada no Twitter (Twitter/Reprodução)
Foto do jantar na embaixada brasileira em Washington D.C. compartilhada no Twitter (Twitter/Reprodução)

Presidente “reconhece que aspectos relativos ao antigo comunismo não podem mais imperar’, afirmou porta-voz durante o evento

Por Julia Braun, de Washington, D.C.

 

O presidente Jair Bolsonaro participou neste domingo, 17, de um jantar na residência do embaixador do Brasil em Washington, D.C. É o primeiro evento na agenda oficial da visita de três dias aos Estados Unidos. Na terça-feira 19 ele vai se encontrar com o presidente americano, o republicano Donald Trump.

Olavo de Carvalho, Gerald Brant, diretor do fundo de investimentos Pantera Capital, e Steve Bannon, ex-estrategista da campanha e conselheiro sênior de Trump, foram alguns dos convidados do evento.

O acadêmico conservador americano Walter Russell Mead, a colunista do Wall Street Journal Mary Anastasia O’Grady e o editor da revista literária The New Criterion Roger Kimball também estavam presentes, assim como Chris Buskirk, editor do site American Greatness, David Shedd, pesquisador da Fundação Heritage, e Matt Schlapp, presidente da União Conservadora Americana.

 

BOLSONARO ANUNCIA NOS EUA FIM DO VISTO PARA AMERICANO ENTRAR NO BRASIL

BOLSO VIAJA AOS EUA FIM DO VISTO

Medida é unilateral; não tem reciprocidade da gestão Trump; governo vai tomar mesma decisão para cidadãos da Austrália, Canadá e Japão

Por Evandro Éboli

No encontro com Donald Trump, nesta terça-feira (19/3) Bolsonaro irá anunciar o fim do visto para americanos entrarem no Brasil.

Esse processo já passou pelos ministros Sérgio Moro e Ernesto Araújo e já foi assinado pele presidente.

Medida é unilateral, já que é improvável a reciprocidade da gestão Trump.

E não para aí.

A mesma decisão será estendida para cidadãos do Japão, Austrália e Canadá.

 

‘SONHEI EM LIBERTAR O BRASIL DA IDEOLOGIA NEFASTA DE ESQUERDA’

BOLSO VIAJA AOS EUA SONHO

Frase foi dita por Bolsonaro na abertura do jantar oferecido a ele, no domingo, em Washington

© Alan Santos/PR – Notícias ao Minuto Brasil

 

O presidente Jair Bolsonaro fez um breve discurso no início do jantar oferecido a ele, na noite de domingo (17), na embaixada do Brasil em Washington.

Ele começou dizendo que há quatro anos, quando decidiu se candidatar à Presidência da República, não foi levado a sério nem pela esposa. Exaltou o escritor Olavo de Carvalho, “um dos grandes inspiradores meus e o inspirador de muitos jovens no Brasil, a quem devemos a evolução que estamos vivendo”, e fez um ataque à esquerda.

“Sempre sonhei em libertar o Brasil da ideologia nefasta de esquerda. (…) O Brasil não é um terreiro aberto onde nós pretendemos construir coisas para o nosso povo. Nós temos que desconstruir muita coisa, desfazer muita coisa, para depois nós começarmos a fazer. Que eu sirva para que pelo menos eu possa ser um ponto de inflexão já estou muito feliz. O nosso Brasil caminhava para o socialismo, para o comunismo.”

 

BANNON SOBRE JANTAR COM BOLSONARO: ‘INCRIVELMENTE IMPRESSIONADO’

O embaixador do Brasil em Washington, Sergio Amaral (em pé), fala durante jantar oferecido a Jair Bolsonaro; à esq. do presidente, o ex-estrategista da Casa Branca, Steve Bannon (de fone de ouvido)
O embaixador do Brasil em Washington, Sergio Amaral (em pé), fala durante jantar oferecido a Jair Bolsonaro; à esq. do presidente, o ex-estrategista da Casa Branca, Steve Bannon (de fone de ouvido)

Ex-estrategista de Trump participou de jantar na casa do embaixador brasileiro

© Alan Santos/PR – Notícias ao Minuto Brasil

A primeira atividade de Jair Bolsonaro em Washington, onde o presidente desembarcou neste domingo (17), foi um jantar com conservadores norte-americanos na casa do embaixador brasileiro no país, Sergio Amaral. As presenças de destaque foram a do estrategista Steve Bannon, ex-assessor de Trump, e a do escritor Olavo de Carvalho, tido como mentor intelectual do atual governo.

BANNONApós o evento, o porta-voz da Presidência da República, Otávio Santana do Rêgo Barros, disse ao Uol que Bolsonaro tratou de reconhecer que, no que se refere ao comércio, os Estados Unidos são o segundo mercado dos produtos brasileiros. Também abordou outros pontos, como o fortalecimento da democracia no Ocidente “reconhecendo que aspectos relativos ao antigo comunismo não podem mais imperar nesse nosso ambiente que vivenciamos”.

Bannon, por sua vez, se disse “incrivelmente impressionado” com o estafe de Bolsonaro e avaliou o evento como um ótimo ponto de partida para a visita do presidente à capital norte-americana.

 

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro (Wilson Dias/Agência Brasil)
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro (Wilson Dias/Agência Brasil)

SERGIO MORO IRÁ ASSINAR DOIS ACORDOS DE COOPERAÇÃO COM OS EUA

Em visita a Washington, ministro afirmou que um dos pactos é de troca de informações entre o FBI e a Polícia Federal

Por Julia Braun, de Washington, D.C.

 

Segundo Moro, um dos pactos a serem firmados é de troca de informações entre o FBI e a Polícia Federal.

O ministro acompanha Jair Bolsonaro na visita aos Estados Unidos. O presidente do Brasil tem encontro marcado com Donald Trump na próxima terça-feira, 19.

“São acordos abstratos, normalmente eles envolvem assuntos de cooperação em geral, troca de informação entre FBI e Polícia Federal e outras questões na mesma linha”, afirmou Moro a jornalistas no hotel em que está hospedado na capital americana.

“Fora isso existe essa ideia de plantar uma relação mais sólida para o futuro”.

Ministro de Ciência e Tecnologia: "vamos ganhar muito com isso”, afirmou em Washington (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Ministro de Ciência e Tecnologia: “vamos ganhar muito com isso”, afirmou em Washington (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

MARCOS PONTES DIZ QUE ACORDO PARA USO DE ALCÂNTARA NÃO VIOLA SOBERANIA

Entendimento com os Estados Unidos foi barrado pelo Congresso anteriormente porque previa estabelecimento de área isolada, sem acesso de brasileiros

 

Por Julia Braun, de Washington, D.C.

 

O ministro de Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, afirmou neste domingo 17 que a assinatura do acordo de salvaguardas tecnológicas com os Estados Unidos para o uso comercial da Base de Alcântara, no Maranhão, não afetará a soberania brasileira.

O pacto permitirá o uso da base para o lançamento de foguetes americanos e deve ser assinado pelos governos de Jair Bolsonaro e Donald Trump ainda durante a visita do presidente brasileiro a Washington, D.C.

“É importante ressaltar que a soberania de maneira nenhuma é afetada”, disse Pontes no hotel em que está hospedado na capital americana.

“Esse acordo é feito em termos técnicos e não tem qualquer tipo de influência ou provocação à nossa soberania. Pelo contrário, vamos ganhar muito com isso”, afirmou.

O astronauta disse ainda que o acordo vem sendo negociado há 20 anos. Durante o governo FHC, o Congresso barrou o texto.

O ponto que levou ao fracasso do entendimento anteriormente foi o medo de que o pacto violasse a soberania nacional, já que o texto previa o estabelecimento de uma área isolada, onde nenhum brasileiro poderia entrar.

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Dois lados da mesma moeda
Por Arthur Cunha
Em 1987, a banda gaúcha Engenheiros do Hawaii lançou seu segundo álbum: “A Revolta dos Dândis”, um clássico do Rock brasileiro, estilo cuja representatividade da época era o equivalente ao Sertanejo ou ao Funk dos dias de hoje. Sob forte influência das obras de Albert Camus e Jean-Paul Sartre, e de um mundo ainda dominado pela Guerra Fria, Humberto Gessinger escreveu, entre tantas músicas marcantes para os fãs, como eu, a letra de “A Revolta dos Dândis II”, que fala, na minha opinião, da dicotomia Direita versus Esquerda, fruto daquele conflito. Passados mais de 30 anos do lançamento da canção, seu conceito ainda continua sendo muito atual para traduzirmos a guerra de egos que se tornou a disputa entre bolsonaristas e lulopetistas.

Diz um trecho da letra: “Pensei que houvesse um muro entre o lado claro e o lado escuro. Pensei que houvesse diferença entre gritos e sussurros. Mas foi engano; foi tudo em vão. Já não há mais diferença entre a raiva e a razão”. Ouvindo a música, ontem, eu só enxergava um jogo de imagens na minha mente intercalando a figura de Olavo de Carvalho, guru do presidente da República, destilando ódio contra os esquerdistas via redes sociais do seu computador iMac de última geração, bem confortável em um escritório na Virgínia (EUA); com a do ator José de Abreu, uma das vozes controversas do petismo, zombando sem nenhum respeito da dor do povo venezuelano ao se “autoproclamar” presidente da República com o único objetivo de criticar Bolsonaro e seus seguidores.

Além de duas criaturas bisonhas em busca de reconhecimento e “likes”, Olavo e Zé de Abreu têm em comum a mesquinhez de uma visão turva do processo de poder, que caracteriza, em pleno 2019, o debate entre as duas correntes de pensamento e ação política no cenário brasileiro. O embate Direita versus Esquerda por aqui é grotesco. Seus argumentos são elementares, preconceituosos e cruéis – dos dois lados! Descambou para uma troca de acusações mais demente que a discussão sobre futebol, ou mesmo sobre religião (esse tema merece outra coluna, e terá). Parecem crianças birrentas sem reconhecer seus próprios erros e as qualidades do outro.

Enquanto isso, o país está parado, administrado por um governo de Direita (?), que, se fosse de Esquerda, estaria, com certeza, adotando a mesma postura excludente – vide a recente era do PT. Economia com parca recuperação, povo sem emprego, reformas de base à espera e um presidente falastrão mais preocupado com questões menores. É Jair Bolsonaro, mas poderia ser Dilma Rousseff ou Lula. Por isso, volto à canção de Gessinger para terminar este comentário, infelizmente, lembrando o óbvio. “Tudo é igual quando se pensa em como tudo poderia ser. Há tantos sonhos para sonhar, há muitas vidas para viver. Nossos sonhos são os mesmos há muito tempo. Mas não há mais muito tempo para sonhar”.
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“Os três patetas…” – Ainda na vibe de “A Revolta dos Dândis II”, outra imagem desse final de semana, coincidentemente, se encaixa na música escrita por Humberto Gessinger há mais de 30 anos. Estou falando da foto publicada por Rodrigo Maia de um almoço onde, entre outros, estavam presentes Jair Bolsonaro e Davi Alcolumbre, representantes de setores conservadores, e Dias Toffoli, ex-advogado do PT. “Esquerda & Direita; Direitos & Deveres. Os três patetas, os três poderes”.

“… os três poderes” – Ironias (merecidas) à parte, que esses senhores, chefes dos nossos poderes constituídos, se iluminem e trabalhem unidos pelo Brasil. Rodrigo Maia fala na postagem que o “espírito do encontro” foi fazer com que haja um melhor diálogo e um pacto da “relação de governabilidade do Brasil”. Antevendo algo, o presidente da Câmara, faz tempo, já se posiciona como uma espécie de moderador entre a institucionalidade e a opinião pública. Está, com certeza, vendo uma oportunidade. Afinal, como diria Gessinger: “ascensão e queda são dois lados da mesma moeda”.

Mandando recado – No melhor estilo Trump, Olavo de Carvalho está usando sua influência nas redes sociais e fora delas para mandar recados. Falando para uma plateia de cerca de 100 fãs e representantes da Direita americana, no Trump Internacional Hotel, em Washington, o guru do Bolsonarismo disse que, se continuar como está, o Governo Bolsonaro acaba em seis meses. Lembrando que o núcleo ideológico da gestão, ligado ao guru, está perdendo a quebra de braço para os militares. Olavo tem usado sua visibilidade para centrar fogo nos “milicos”.
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Aniversário – Ontem (17), a Lava Jato completou cinco anos. Nesse período, além de inúmeras polêmicas e uma exposição monumental, a operação somou 2.294 anos de penas aplicadas e 159 condenados em primeira instância. Desbaratou um grande esquema de corrupção na Petrobras e em outros órgãos públicos. Um total de 47 pessoas permanecem presas pela Lava Jato, entre elas o ex-presidente Lula. O balanço ainda registra 426 denunciados, 269 mandados de prisão e 183 delações. Apesar dos números favoráveis, a operação ainda é alvo de muitas críticas por supostos exageros.

Curtas

ASSASSINATO – Ainda permanece sem a motivação conhecida o assassinato do vereador de Floresta, Beto Souza, morto a tiros por dois homens, ontem, na Fazenda Tabuado, zona rural do município. O parlamentar, que tinha 52 anos, presidiu a Câmara Municipal entre 2017 e 2018. Ele havia perdido um irmão nas mesmas condições.

REPRESENTAÇÃO – Representante do Grupo Ferreira Souza na reunião da Comissão de Desenvolvimento Econômico da Alepe, Edésio Medeiros avaliou como positivo o encontro, mas lamentou a ausência de representantes de entidades e empresários do Sertão. “Especialmente do Araripe, a exemplo do setor gesseiro, da mandiocultura e da bacia leiteira de Bodocó. Precisamos ficar atentos e nos organizar para participar”, pontuou.

HOMENAGEM – O presidente da Câmara Municipal do Recife, vereador Eduardo Marques, foi o homenageado do bloco Galo Doido, nesse domingo. A folia pós-carnaval atraiu aproximadamente duas mil pessoas no bairro da Iputinga, na capital pernambucana.

Perguntar não ofende: E você, é mais para Olavo ou para Zé de Abreu? Resposta no (81) 999198-0838.

Ainda na noite deste domingo (17), o presidente deve comparecer a um jantar com empresários e formadores de opinião americanos

Bolsonaro ficará hospedado na Blair House, em Washington (EUA) (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)
Bolsonaro ficará hospedado na Blair House, em Washington (EUA) (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

Plínio Aguiar, do R7

Postado por Marcos Lima Mochila

 

 

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) chegou aos Estados Unidos na tarde deste domingo (17). Na próxima terça-feira (19), ele terá um encontro com o presidente norte-americano, Donald Trump.

Em sua conta no Twitter, Bolsonaro disse que está hospedado na Blair House, residência utilizada pelo governo norte-americano para receber chefes de Estado em visitas oficiais. “É uma honraria concedida a pouquíssimos Chefes de Estado, além de não custar um centavo aos cofres públicos. Agradecemos ao Governo Americano a todo respeito e carinho que nos está sendo dado”, comentou.

Bolsonaro deixou o Palácio da Alvorada e decolou da Base Aérea de Brasília por volta das 8h. A chegada ocorreu na Base Aérea Andrews, em Washington, capital do país, por volta das 16h. Na noite deste domingo, o pesselista deve comparecer a um jantar com empresários e formadores de opinião americanos. O presidente deve retornar ao Brasil na noite de terça-feira (19), após encontro com Trump.

De acordo com a assessoria da Presidência, o encontro tem como objetivo fortalecer as relações entre Brasil e Estados Unidos e debater relações comerciais entre os dois países.

Segundo publicação no Twitter, Bolsonaro coloca o Brasil e os Estados Unidos “juntos” e que “assustam os defensores do atraso e da tirania ao redor do mundo”. “Os quem tem medo de parcerias com um país livre e próspero? É o que viemos buscar!, disse”. Segundo o presidente brasileiro, “é o começo de uma parceria pela liberdade e prosperidade”.

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@jairbolsonaro

Pela primeira vez em muito tempo, um presidente brasileiro que não é antiamericano chega a Washington. É o começo de uma parceria pela liberdade e prosperidade, como os brasileiros sempre desejaram.

@jairbolsonaro

Brasil e Estados Unidos juntos assustam os defensores do atraso e da tirania ao redor do mundo. Os quem tem medo de parcerias com um país livre e próspero? É o que viemos buscar!

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O vereador Beto Souza (PSDB), da cidade de Floresta, Sertão de Pernambuco, foi morto a tiros no início da tarde deste domingo (17). O político sofreu uma emboscada na Fazenda Tabuado, na zona rural da cidade, onde o irmão dele. Beto Souza tinha 51 anos e era vereador do município há 18 anos, sendo duas vezes presidente do legislativo. Desde o final do ano passado, ele era tido como pré-candidato a prefeito da cidade. A esposa dele faleceu de câncer há cerca de um mês.

Segundo informações preliminares, por volta das 13h, a vítima teria descido do veículo dele para falar com populares quando um carro modelo Toyota Corolla, de cor preta, encostou ao lado e dois suspeitos atiraram várias vezes contra o vereador. Beto chegou a ser socorrido para o Hospital Municipal de Floresta ainda respirando, mas faleceu no local. Um amigo de Beto, conhecido como Duda, também foi atingido e morreu.

Em 2017, Beto descobriu um plano para matá-lo. Ele seria vítima de uma emboscada quando se fosse votar na eleição para presidente da União dos Vereadores de Pernambuco (UVP), em Bonito, mas conseguiu escapar ileso.

Briga entre famílias causou várias mortes
Há mais de 100 anos, a cidade de Floresta é palco de confrontos envolvendo famílias rivais. As famílias Ferraz e Novaes disputam o poder no município desde 1913. Muitas mortes e episódios de violência marcam a rixa entre os dois clãs. A situação chegou ao ponto em que a Justiça proibiu os motociclistas de usarem capacetes na cidade, para que evitar que criminosos pudessem cometer crimes sem serem identificados.

A última vítima da guerra entre as famílias foi o ex-secretário de Administração da cidade, Fernando Cavalcanti Ribeiro. Ele foi assassinado no dia 22 de dezembro de 2017, no bairro da Madalena, na Zona Oeste do Recife. Fernando foi morto a tiros na Rua Lopes de Carvalho, a cerca de 10 metros do prédio onde morava. A vítima atravessava a rua quando foi surpreendida por dois homens de moto, que efetuaram vários disparos. Ele teria ligações com a família Novaes.

 

Blog do Edmar Lyra

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Uma das ações prioritárias da atual gestão, tem sido a de garantir educação da melhor qualidade para as crianças e adolescentes do município, oferecendo ainda mais conforto e segurança para os alunos atendidos pela rede de ensino. Com esse objetivo, uma série de reformas e adequações nas estruturas das Unidades de Educação Municipal vem acontecendo e trazendo melhorias que beneficiarão cerca de 20 mil estudantes matriculados entre o 1º e o 9º ano do ensino fundamental neste ano de 2019.

As primeiras escolas reformadas entregues serão: Escola Municipal Pedro Ribeiro (Matriz); Escola Municipal 3 de Agosto (Livramento); Escola Municipal Jornalista Júlio Augusto Siqueira (Lot. Conceição); Escola Municipal Djalma Eusébio Simões (Alto José Leal) e Escola Municipal Cônego Pedro de Souza Leão (Distrito de Pacas). Entre os serviços realizados, estão a revisão geral dos telhados, troca das calhas, instalações elétricas, pintura geral interna e externa, limpeza de fachadas, recuperação de banheiros e a instalação de cerca de 900 ventiladores nas salas de aula.

Após a conclusão desta primeira etapa de serviços, outras unidades de ensino também estarão recebendo intervenções de melhorias ainda este ano. Vale ressaltar que apesar das dificuldades encontradas no início de 2017, a atual gestão sempre esteve realizando ações de manutenção e pintura em todas as unidades de ensino do município, além da revisão de instalações elétricas, hidráulicas e outros serviços necessários.

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Os principais assuntos que o presidente irá tratar são segurança pública e troca comercial entre os países

Brasília (DF), 16/01/19. Jair Bolsonaro - presidente. Visita do Presidente da Argentina, Maurício Macri, ao Brasil.  Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles
Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Natália Lázaro/Metrópoles

Postado por Marcos Lima Mochila

 

 

Em uma tentativa de estreitar laços e marcar presença no cenário internacional, o presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), tem uma agenda cheia de viagens internacionais marcadas para este trimestre. Nesta sexta-feira (15/03), o governo confirmou que o presidente vai a Israel no dia 31 de março. Ele fica no país até o dia 3 de abril.

A data foi decidida em reunião que participaram o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e o Embaixador de Israel no Brasil, Yossi Shelley. “Já estamos com grande expectativa para receber o presidente. Consagramos muito o Brasil”, afirmou o diplomata.

O primeiro jantar entre Bolsonaro e o primeiro ministro israelense, Benjamin Netanyahu, está marcado para o dia 1º de abril. O objetivo da viagem, segundo Yossi Shelley, é aumentar a negociação de acordos comerciais entre os países e trabalhar as pautas de segurança pública.

“Essa viagem é para fazer andar a pauta econômica e para conhecer melhor o governo”, detalhou. O diplomata adiantou que já está acordado entre os países uma troca de conhecimentos na área de dessalinização da água do mar.

Shelley revelou ainda que os governos devem assinar contratos nas áreas de segurança pública e ciência e tecnologia. De acordo com o embaixador, Bolsonaro também está interessado em ver como as forças militares israelenses trabalham a criminalidade.

Outro ponto destacado pelo o diplomata, é uma visita que o presidente vai fazer aos hospitais do país para observar como são utilizados recursos tecnológicos em casos de cirurgias especiais.

Até o momento, além de Bolsonaro, apenas o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, foi confirmado na viagem. Questionado sobre a troca das embaixadas brasileiras em Israel, Yossi garantiu que o tema não foi tratado durante reunião.

“Não tenho ideia sobre isso. Ele [Bolsonaro] é um grande líder, sabe o que tem que fazer”, afirmou. “A soberania do presidente ainda está aqui”, disse. “Quando levantamos da cama devemos divulgar notícias boas, que deixam os outros felizes. Essas notícias, sobre terrorismo, crime, esse não é o meu papel”, concluiu, encerrando o assunto.

Agenda internacional

Israel estava na lista de países com visita confirmada de Bolsonaro. Nesta terça-feira (19/3), ele tem encontro marcado com o presidente americano, Donald Trump, nos Estados Unidos, e, no dia seguinte (20/3), o chefe do executivo viaja com sua equipe rumo ao Chile, retornando no sábado (23/3). Para o segundo semestre, está confirmada uma visita oficial à China.

“A gente volta, descansa acho que dois, três dias, e vamos para Israel”, confirmou Bolsonaro em live no Facebook, ao lado de Ernesto Araújo. “Com toda a certeza, vocês gostarão muito do que nós trataremos nesse país irmão e amigo”, concluiu o presidente.

Entre os principais tópicos de discussão estão o acordo para uso da base de Alcântara e a derrubada da necessidade de visto para os países

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Cristina Serra/Metrópoles

Postado por Marcos Lima Mochila

 

 

A viagem do presidente Jair Bolsonaro (PSL) aos Estados Unidos, que começa neste domingo (17/3) está carregada de expectativas e simbologia. É a primeira viagem de caráter bilateral do mandatário brasileiro e não é surpresa que o destino escolhido tenha sido o vizinho ao Norte. Desde a campanha eleitoral, Bolsonaro deixou clara a sua admiração pelo presidente Donald Trump e a prioridade que os americanos teriam na agenda externa brasileira. Prioridade constantemente reforçada também em discursos e manifestações do chanceler, Ernesto Araújo.

Jair Bolsonaro ficará hospedado a poucos metros da Casa Branca, na Blair House, um complexo de casarões do século XIX, na avenida Pensilvânia, residência oficial para os convidados do presidente americano. Sem dúvida, uma deferência ao visitante. Será uma visita curta, com chegada prevista para a noite do dia 17/3 e retorno para o Brasil na noite do dia 19/3. Mas a agenda está cheia de compromissos e temas. Na pauta, se sobressaem dois assuntos: o chamado Acordo de Salvaguardas Tecnológicas (AST), para uso comercial pelos americanos da base de lançamento de foguetes em Alcântara, no Maranhão, e a Venezuela.

Ao que parece, está tudo preparado para a assinatura do AST, segundo informações do porta-voz, general Rêgo Barros, e do embaixador brasileiro em Washington, Sérgio Amaral, que deu entrevista ao jornal O Estado de São Paulo, revelando detalhes do esboço do acordo. O uso comercial da base de Alcântara é cercado de controvérsia desde a primeira tentativa de acordo, ainda no governo de Fernando Henrique Cardoso. Aquele acordo incluía a concessão de áreas que ficariam sob controle direto dos americanos. O Congresso brasileiro não aprovou o texto. Agora, pelo pouco que foi divulgado, a proposta garante total proteção de conteúdo com tecnologia americana usado no lançamento de foguetes e mísseis, mas não inclui cessão de território. Haveria, porém, restrições de acesso à base. Seria permitida a entrada de pessoas credenciadas pelos dois governos e o território continuaria sob jurisdição brasileira.

BASE DE ALCÂNTARA

A Base de Alcântara sempre foi um ativo competitivo para o Brasil no mercado mundial de lançamento de foguetes. A base fica próxima à linha do Equador, onde a velocidade de rotação da Terra auxilia o impulso dos lançadores. Isso proporciona uma economia de combustível de até 30%. Apesar dessa vantagem, a base, inaugurada em 1983, sempre teve que lidar com problemas logísticos e tecnológicos. Em agosto de 2003, uma tragédia abalou o programa espacial brasileiro. Um Veículo Lançador de Satélites explodiu, três dias antes do lançamento, matando 21 técnicos, engenheiros e cientistas. Para adicionar mais polêmica à relação Brasil-Estados Unidos neste tema, o site WikiLeaks divulgou, em 2011, documentos diplomáticos oficiais dos americanos, revelando que eles não aprovavam o desenvolvimento de um programa brasileiro de foguetes espaciais.

É preciso, claro, conhecer os detalhes do acordo. Mas, por ser um tema tão sensível, ele já desperta preocupações entre aqueles que terão que lidar com seus efeitos. O governador do Maranhão, Flávio Dino (PC do B), em entrevista ao Metrópoles, disse considerar “positivo” o uso comercial da base e reconhece a necessidade de “cooperação internacional, considerando que ela vive praticamente “uma estagnação desde 2003 (ano do desastre)”. Ele pondera, porém, que “o acordo não pode seguir a lógica de enclave”.

“É claro que tem de haver a proteção de propriedade intelectual. Mas a autoridade sobre o território, o controle de acesso tem que ser do Brasil. É como numa corrida de Fórmula 1. O Brasil não vai entrar no box da Ferrari e abrir o motor do carro. Mas o autódromo é brasileiro e o controle de acesso também”.

Outra preocupação do governador é que não haja novas remoções de moradores e comunidades tradicionais das proximidades da base, como houve ao longo das últimas décadas. Na época, Dino era juiz e atuou em várias das causas de remoções de pescadores e quilombolas. “Não há necessidade de território novo. Espero que o acordo se circunscreva à proteção de propriedade intelectual”, afirmou o governador.

Segundo a ONG Uma Gota no Oceano, existem 3.500 famílias de quilombolas na região, uma das maiores concentrações do Brasil, cuja origem remonta ao século XVII. As famílias já vivem um clima de tensão sobre o que o acordo poderá vir a prever em termos de uso do território próximo à base. Nos anos 1980, 312 famílias foram expulsas da área.

Diplomacia

O outro ponto que mobiliza as chancelarias dos dois países é a Venezuela e seu labirinto aparentemente sem saída, diante do nível de radicalização dos atores envolvidos. A preferência de Estados Unidos e Brasil é clara: que Nicolás Maduro deixe o poder (ou seja retirado) e seja substituído pelo presidente da Assembleia Nacional venezuelana, Juan Guaidó (que se autoproclamou presidente interino, em janeiro, sendo reconhecido por vários países, entre eles Brasil e Estados Unidos).

O problema é que ninguém sabe como fazer isso, sem o risco de agudizar o conflito no país com quem compartilhamos mais de dois mil quilômetros de fronteira. No episódio recente de envio de “ajuda humanitária” para a população venezuelana, comandado por Guaidó, ficou evidente que Maduro ainda tem meios de permanecer no poder, não se sabe até quando. O opositor esperava a deserção em massa de militares de alta patente, o que não aconteceu. Sem esses militares, não há “regime change” na Venezuela.

As diplomacias brasileira e americana sabem disso. E, por isso, continuam abertos canais de comunicação entre militares brasileiros e venezuelanos. É a “diplomacia militar” a que se referiu recentemente o porta-voz do presidente, general Rêgo Barros. O presidente Bolsonaro terá um encontro com o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos, Luís Almagro, crítico ferrenho de Nicolás Maduro e que já falou em intervenção na Venezuela.

Ninguém é capaz de prever por quanto tempo a Venezuela continuará perdida em seu labirinto, num jogo de esquenta e esfria da turbulência política e econômica que só agrava o desespero da população. Diante de um quadro tão complexo, o que se pode esperar é apenas a escalada retórica que faz sucesso em redes sociais, mas que não é capaz de romper o impasse.

A viagem também poderá resultar em outros acordos, nas áreas comercial, tributária e de segurança, por exemplo. Um deles já foi antecipado por Jair Bolsonaro: o fim da exigência de visto para cidadãos americanos que queiram vir ao Brasil, sem a contrapartida do mesmo benefício para os brasileiros que queiram visitar os Estados Unidos, postura bastante criticada por seus opositores quem veem aí uma postura de subserviência.

Um vitória brasileira seria uma declaração de apoio de Donald Trump à entrada do Brasil na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), clube dos países mais ricos do mundo. No entanto, Trump já fez essa deferência à Argentina. Se não fizer o mesmo em relação ao Brasil, o presidente norte-americano poderia fazer outro agrado, como promover o Brasil à categoria de aliado dos Estados Unidos “extra” OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), a poderosa aliança militar do Ocidente.

Enquanto diplomatas dos dois países fazem os últimos ajustes da agenda e das possibilidades de cooperação, já se sabe que a visita tem tudo para ser um sucesso de relações públicas, digamos assim. Bolsonaro – que até já bateu continência para a bandeira americana – é fã de Trump e, ao que parece, vice-versa. Trump sabe e gosta da comparação entre ambos. Já disse que Bolsonaro é “grande novo líder”. Tem tudo para dar “match” e render muitas fotos e memes nas redes sociais.

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