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Triste de um país
Por Arthur Cunha
Triste de um país onde o governo central exalta golpistas, torturadores e assassinos; tratando-os como heróis da pátria. Triste de um país onde o governo central, com um argumento pífio, utiliza os canais oficiais para espalhar ideologia de gênero – seja ela de Direita ou Esquerda -, tentando minimizar atrocidades. Triste de um país onde o governo central não reconhece o seu débito com o passado e o transforma em um ponte para um futuro melhor. Triste de um país. Triste do Brasil!

Ontem, quando o início da sanguinária ditadura que assassinou milhares de brasileiros e subjugou um país inteiro completou 55 anos, a Secretaria de Comunicação da Presidência da República liberou um vídeo institucional (pago com dinheiro público, portanto) defendendo o Golpe de 1964; retratado, na ótica deles, como uma resposta das Forças Armadas aos “comunistas”. Eu custei a acreditar no que estava vendo.

Na peça publicitária, um senhor aparece em primeiro plano, com um fundo em preto e branco, contando como aqueles anos haviam perdido o brilho em uma época de “medos e ameaças daquilo que os comunistas faziam, matando seus compatriotas”. “Foi aí que, conclamado por jornais, rádios, tevês e pelo povo na rua, o Brasil lembrou que existia um exército nacional e apelou a ele. Foi só aí que a escuridão foi passando, passando e fez-se a luz”, diz o texto, quando a tela clareia e uma bandeira do Brasil aparece tremulando ao. E segue dizendo que, vejam bem, o “exército nos salvou em um 31 de março”.

O encerramento, com o hino brasileiro tocando, diz que esse mesmo exército não quer “palmas nem homenagens”, e que apenas fez o seu dever. Juro que a peça me lembrou a eficiente propaganda Nazista enaltecendo os feitos de Hitler em uma Alemanha afundada no caos. Porque é justamente nesses períodos que essa turma aparece com uma fala bonita; quando estamos em crise revendo nossos conceitos. O que os militares fizeram foi dar um golpe na democracia. Houve ditadura sim, seu Bolsonaro. E o Brasil não vai permitir nem que você nem que ninguém traga esse tempo de volta!
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Desaparecimento – Com o desaparecimento do presidente da Arpe, Ettore Labanca, chegou ao fim o grupo de amigos que atuou como um conselho político informal nos governos Eduardo Campos. Além do próprio ex-governador e de Labanca, ainda fazia parte o ex-presidente da Alepe, Guilherme Uchoa, que faleceu em julho passado. Foram inúmeras as vezes que Eduardo chamou os amigos à sua casa em Dois Irmãos para pedir a opinião deles sobre algum assunto da política.

Luto oficial – O prefeito de São Lourenço da Mata, Bruno Pereira, decretou luto oficial na cidade em decorrência do falecimento de Labanca. Para além da disputa política, os dois sempre se trataram com respeito. “Em nome do povo de São Lourenço da Mata, eu agradeço por tudo que Labanca fez pela cidade nas quatros vezes em que foi prefeito. Que Deus nosso senhor o guie nessa passagem”, destacou Bruno Pereira.

De volta – Está de volta a Pernambuco Márcio Stefanni, que ocupou importantes secretarias nos governos Eduardo Campos e Paulo Câmara, de quem se tornou um dos principais auxiliares. Márcio, que é um quadro extremamente qualificado, certamente ocupará um posto de destaque no segundo governo de Paulo – ele tem muito o que contribuir.
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Cumbre 2020 – A Cúpula Hemisférica de Prefeitos (Cumbre) 2020 foi, oficialmente, lançada em Santiago, no Chile, ao fim do Congresso Latino-americano de Autoridades Municipais. Pernambuco será a sede do evento no ano que vem, reunindo municipalistas de todo continente. O presidente da Amupe, José Patriota, recebeu a “chave” da Cumbre e convidou todos a virem ao nosso estado. A escolha foi uma grande vitória do municipalismo pernambucano! Vamos fazer bonito!

Curtas

CACHIMBO DA PAZ? – Na volta para o Brasil, Jair Bolsonaro combinou de encontrar-se com Rodrigo Maia. A reunião é para fumar o cachimbo da paz. As divergências entre os presidentes da República e da Câmara Federal fizeram desabar o Índice de Confiança do Consumidor a um patamar menor que o de outubro, antes do segundo turno das eleições.

ARRUMADINHO – Entidade que congrega as associações representativas do Judiciário e do Ministério Público, a Frentas, vejam só, vai formatar uma proposta alternativa de reforma da Previdência para apresentar na Câmara. Está com cara de arrumadinho para ajeitar os semideuses do Judiciário e do MP.

DEVER DE CASA – A Prefeitura de Feira Nova não tem feito o dever de casa nas contribuições previdenciárias ao FEIRAPREV. Tanto em 2017 quanto em 2018, o prefeito Danilson Gonzaga não efetuou os repasses regularmente. Essas informações podem ser comprovadas no Tome Conta do TCE e nos próprios balanços do instituto.

Peguentas não ofende: dura até quando essa paz entre Bolsonaro e Maia?

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