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O Carnaval de 2019 em Pernambuco teve uma redução de 9,2% nos homicídios em relação ao de 2018. Os dados divulgados pela Secretaria de Defesa Social do Estado (SDS) atestam que, entre a 0 hora da sexta-feira de abertura oficial da festa (1) até as 23:59 horas da Quarta-Feira de Cinzas (6), 79 crimes dessa natureza foram praticados, contra 87 no período equivalente de 2018. A redução em comparação com 2017, quando houve 112 casos, é ainda mais expressiva: -29, por cento.

Destaque para o Recife, onde se contabilizaram menos 29,4% dos chamados Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs) em 2019 no período do Carnaval. O número passou de 17 casos em 2018 para 12 em 2019. Além disso, este ano chegou quase à metade do registrado nesse período em 2017, quando ocorreram 22 homicídios, com -45,5%. Em toda a Região Metropolitana, houve uma redução de 17,8% nos CVLIs durante a Operação Carnaval em relação a 2018 – passando de 45 para 37. Ao considerar 2017, os números baixaram ainda mais, com -32,7% (de 55 para 37).

Também houve igualmente queda, das estatísticas de Crimes Violentos contra o Patrimônio (CVPs) em Pernambuco. Houve uma diferença de 42,2% menos que o ocorrido no ano passado nos seis dias de Carnaval. Se haviam sido notificados 1.900 casos em 2018, em 2019 as delegacias registraram 1.099 queixas referentes às diversas modalidades de roubo.

No Recife, os CVPs diminuíram em 45,5% no contraste com 2018 entre a sexta e a quarta do período carnavalesco. A queda foi de 697 para 380 registros. O percentual atinge -50,5% quando se examinam os dados de 2017, ano em que se computaram 768 roubos. Na RMR, as polícias receberam 819 queixas de CVP em 2019 nesses seis dias, -36,3% em relação a 2018 (com 1.286 casos) e -48,2% na comparação com 2017 (com 1.580 ocorrências).

O secretário de Defesa Social, Antônio de Pádua, disse que os números atestam que houve um dos carnavais mais tranquilos que nosso Estado já viveu. “Existe ainda um fator que não aparece apenas em números, mas é fundamental para o bem estar de todos: a sensação de segurança. Recebemos depoimentos de pessoas em diversas regiões enaltecendo o trabalho das Polícias Militar, Civil e Científica e do Corpo de Bombeiros Militar, que proporcionaram aos foliões vivenciar essa a experiência do Carnaval no que ela tem de melhor. No trabalho ostensivo, na prevenção por meio de abordagens distribuídas em pontos estratégicos, salvamentos, resgates, inspeções, prisões em flagrante, mediações de conflitos e oferta de serviços, as forças de segurança estiveram em toda a parte, respondendo de forma rápida e técnica às demandas da população”.

Ele ressaltou o eficiente trabalho preventivo realizado pelas diversas equipes desde o início do ano, quando aconteceram as primeiras reuniões de preparação da chamado “Operação Carnaval”. “Em nome dos pernambucanos, faço um agradecimento aos nossos servidores, aos órgãos parceiros e também aos foliões que colaboraram com a cultura de paz”.

IMPORTUNAÇÃO SEXUAL- Outro ponto considerado relevante foi a diminuição dos crimes de importunação sexual. Ele informou que nos focos oficiais de Carnaval, as polícias de Pernambuco receberam duas denúncias de importunação sexual durante os festejos. Em todo o Estado, contanto com essas, foram oito queixas. A partir da Lei nº 13.718/2018, a pena para esse crime passou a ser de reclusão de 1 a 5 anos. Antes, a pena prevista era de 15 dias a dois meses e era classificado apenas como contravenção. Em Santo Amaro, a Delegacia da Mulher funcionou 24 horas no Carnaval, enquanto na Central de Plantões de Olinda se instalou um plantão extra da Polícia Civil com prioridade de atendimento à mulher e grupos vulneráveis.

A lei de importunação sexual foi publicada em setembro passado, e a partir daí os Estados iniciaram o processo de inclusão dessa nova tipificação penal nos boletins de ocorrência, além da capacitação dos policiais. Em janeiro de 2019, foram 20 casos e, em fevereiro deste ano (dados ainda sujeitos a atualização), as polícias notificaram 19 casos.
Fotos: Djair Pedro/SDS

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