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Sentimento de frustração
Por Arthur Cunha
O deputado federal João Campos traduziu bem o “sentimento de frustração” de sua família e dos parentes das outras seis vítimas do acidente com o ex-governador Eduardo Campos, em decorrência do arquivamento do caso pelo Ministério Público Federal. “Uma tragédia como esta terminar assim, com as autoridades competentes concluindo pela falta de subsídios, sem apontar o que de fato houve. Foram cinco anos de expectativa. É uma frustração não só por parte da família, mas de todos os pernambucanos e brasileiros, por tratar-se de um assunto público”, comentou o parlamentar.

João disse ainda “esperar que as recomendações feitas pelas autoridades sejam acatadas para que outros acidentes sejam evitados, ou, se necessário, que possam ser investigados com maior precisão”. O socialista adiantou ainda que sua família vai encaminhar aos advogados e peritos a decisão do órgão. “Para que eles possam analisar com responsabilidade e prudência”, pontuou.

O MPF afirmou que, apesar das diversas perícias e diligências realizadas pela Polícia Federal, a causa exata da queda da aeronave, e os responsáveis, não poderiam ser identificados. As quatro hipóteses levantadas não puderam ser comprovadas – inclusive, até se foi mais de uma causa que provocou o acidente. Como justificativa, a entidade argumentou a ausência de equipamentos na cabine do avião, já que o gravador de voz não estava funcionando.

Pessoalmente, eu me recordo com muita tristeza daquele 13 de agosto de 2014. Não só pelos amigos que perdi na fatídica tragédia em Santos, o próprio Eduardo e Carlos Percol, que tinham um futuro brilhante pela frente. Também pela sensação de desesperança que nos acometeu, pernambucanos e brasileiros, independente do lado político ou ideologia seguida. Imagino que todos queremos Justiça quanto a esse caso. Que as causas, ao menos, sejam conhecidas.

Moro e Dodge – Surpreso com o arquivamento do caso que investigava a morte do seu irmão, o advogado Antônio Campos adiantou, ontem, que vai procurar o ministro da Justiça, Sérgio Moro, e a procuradora-geral da República, Raquel Dodge. Tonca vai tentar audiências com as duas autoridades para pedir que eles ajudem a identificar as causas da queda do avião. “Uma investigação inconclusa deixa ainda mais dúvidas no ar”, ressaltou.

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Errou de novo – É erro atrás de erro na política. Depois de indicar um deputado inexpressivo para a liderança do governo na Câmara Federal, o presidente Jair Bolsonaro equivocou-se de novo na escolha da liderança da sua administração no Congresso. Trata-se da deputada Joice Hasselmann, também de primeiro mandato, tida como desagregadora. Aquela mesma que já brigou com o “03” dos filhos do rei, Eduardo, e foi demitida da Veja por denúncias de plágio, que ela negou.

Eterno Carnaval – O Carnaval só começa oficialmente sábado, mas os deputados federais já abandonaram Brasília ontem. Até os novatos, que fazem uso do discurso do politicamente correto, mantiveram a tradição de deixar a capital antes do tempo. Só voltarão ao trabalho quase uma semana após a Folia de Momo se encerrar. Brasília é um eterno Carnaval; pago, logicamente, pelo contribuinte – muitos que, inclusive, vão trabalhar os quatro dias.

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Ganhar na política – Em Carpina, o prefeito Manuel Botafogo, de olho em 2020, já fechou aliança de uma vez só com dez dos 17 vereadores da cidade, na tentativa de fazer crescer seu palanque à reeleição. Em seguida, mais dois parlamentares aderiram ao grupo, assim como suplentes bem votados. Se continuar assim, não sobrará mingúem lá se opondo ao gestor. Botafogo quer ganhar na política porque sua gestão não é tão bem avaliada.

Curtas

CALENDÁRIO – A Prefeitura do Ipojuca cumpriu o calendário e pagou os servidores ontem, antes do Carnaval começar. Além de agradar a tropa, que passará a Folia de Momo com dinheiro no bolso, a gestão ainda injetou R$ 25 milhões na economia local. Os dias de pagando dos funcionários foram estipulados desde o início do ano.

DINHEIRO NO BOLSO – Já a Prefeitura do Recife pagará, hoje, dentro do mês de trabalho, o salário dos mais de 38 mil servidores das administrações direta e indireta, aposentados e pensionistas. De acordo com a PCR, isso representa a injeção de R$ 171 milhões na economia da cidade às vésperas do Carnaval.

BEM AVALIADO – O prefeito de Feira Nova, Danilson Gonzaga, está fazendo um governo tão bem avaliado, segundo pesquisas internas, que dificilmente deve perder a reeleição no ano que vem. Pelo levantamento, a aprovação do gestor chegaria a mais de 80%.

Perguntar não ofende: gostaram do Galo deste ano?

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