Luciano Bivar, presidente do PSL, venceu a eleição para a segunda vice-presidência da Câmara

MAIA PRESIDENTE

Com informações do JC Online

Postado por Marcos Lima Mochila

 

Depois de uma longa jornada de negociações e acordos de bastidores, iniciados antes mesmo da eleição de 2018, Rodrigo Maia (DEM-RJ) foi reconduzido nesta sexta-feira (1º) à presidência da Câmara dos Deputados.

Em vitória contundente, Maia se elegeu para o seu terceiro mandato consecutivo no primeiro turno, com 334 votos.

Alinhado à pauta do superministro da Economia, Paulo Guedes, conseguiu formar uma ampla aliança. Conjugou o apoio de deputados do PSL, integrantes de uma bancada inexperiente e ainda sem trato político, com partidos de esquerda, como PDT e PCdoB. Entre os dois polos, ainda reuniu mais 13 partidos de centro.

Os demais candidatos não conseguiram chegar nem perto da votação de Maia. Às 21h26 (horário de Brasília), o placar da Câmara dos Deputados marcava 66 votos para Fábio Ramalho (MDB-MG), 50 para Marcelo Freixo (PSOL-RJ), 30 para João Henrique Caldas (PSB-AL), 23 para Marcel van Hattem (NOVO-RS), quatro para Ricardo Barros (PP-PR) e dois para Sargento Peternelli (PSL-SP).

Antes de os deputados irem às urnas, Maia foi o mais aplaudido entre candidatos que discursaram

– interrompido cinco vezes pelas palmas. No plenário, ele focou sua fala de candidato na defesa

das reformas econômicas. Afirmou que o Estado brasileiro perdeu capacidade de investimento e que é preciso enfrentar o tema para permitir melhorias em outras áreas.

O passo decisivo para a vitória de Maia foi dado na semana passada, quando o líder do PP, Arthur

Lira, abandonou a disputa e enterrou a possibilidade de um bloco formado por PP, MDB, PTB, PT e PSB. Esse bloco esperava atrair outros dois partidos de centro-esquerda, PCdoB e PDT, para abocanhar mais cargos na Mesa e enfraquecer o atual presidente da Câmara. A intervenção de Maia

foi decisiva. Manteve comunistas e pedetistas sob sua órbita.

A articulação desembocaria em um agravamento da crise na esquerda. Ontem, a situação chegou ao plenário, com acusações entre PSOL e PCdoB. Tudo porque a formação dos blocos para a disputa da Mesa prejudicou PT, PSB, PSOL e Rede. Isolados, ficaram apenas com o terceiro maior grupo. Já PCdoB e PDT, com acordo firmado com partidos do centrão, ficaram na segunda posição. Isso poderá lhes dar o direito de liderar a oposição.

“O PT quer tutelar o PCdoB. E, dessa vez, não! Estão usando o PSOL e o PSB, com todo o respeito”, discursou Orlando Silva, líder do PCdoB.

LUCIANO BIVAR 5Para a Mesa da Câmara, foram eleitos: primeiro vice-presidente, Marcos Pereira (PRB-SP); primeira secretaria, Soraya Santos (PRRJ); segunda secretaria, Mário Heringer (PDT-MG); terceira secretaria, Fábio Faria (PSD-RN); quarta secretaria, André Fufuca (PPMA).

O presidente do PSL, Luciano Bivar, conseguiu vitória apertada no 2º turno da eleição para a segunda vice-presidência da Câmara. Obteve 198 votos e seu adversário, Charlles Evangelista (PSL), 184. A disputa foi a única que precisou ser decidida em dois turnos. No primeiro turno, Bivar teve 240 votos e Evangelista, 161.

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