Governador afirmou que, ao longo da campanha, conheceu esses lugares. Agora, defende, é hora de todos verem como estão deterioradosRafaela Felicciano/Metrópoles

(Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles)

 

Ana Luiza Vinhote

Postado por Marcos Lima Mochila

 

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), dedicou parte do seu sábado (12/1) a visitar as feiras da cidade. Ele escolheu três das mais populares no DF: Núcleo Bandeirante, Guará e Torre da TV. As visitas, segundo o político, tiveram efeito pedagógico, de mostrar ao primeiro escalão do seu governo como esses centros estão deteriorados.

“Eu estive nesses locais na época da campanha, mas muito dos nossos secretários não tiveram oportunidade. O objetivo foi levá-los a essas feiras para mostrar a situação em que elas se encontram. Precisamos que o nosso secretariado vá às ruas para ouvir as pessoas. Com isso, vamos fazer obras mais baratas e vamos melhorar a vida das pessoas”, explicou.

Segundo o chefe do Palácio do Buriti, o abandono não é somente nas feiras, mas em toda cidade. “Isso ocorre há pelo menos 10 anos. Mesmo com toda dificuldade financeira e de pessoal está na hora de começar a fazer”, afirmou.

De acordo com Ibaneis, os projetos que já existem para a revitalização dos espaços serão agilizados. “Vamos embelezar a nossa cidade para que no ano que vem, quando Brasília completará 60 anos, tenhamos uma cidade arrumada”.

Percurso

A primeira parada foi na feira do Núcleo Bandeirante. Em seguida, o chefe do Palácio do Buriti foi à feira do Guará, onde tomou água de coco, comeu dois pastéis de carne e comprou uma conserva de pimenta por R$ 400 à vista. Inicialmente, o produto custava R$ 500, mas o emedebista pechinchou e acabou conseguindo um desconto.

Ele foi tietado por feirantes e clientes dos locais. Onde passava era recebido por gritos e aplausos.

Durante a visita na feira da Torre, Rose Piau, 46 anos, reclamou sobre a indicação do ex-deputado distrital Cristiano Araújo para a diretoria do Metrô-DF. “Ele não deveria colocar no governo quem não foi eleito ou tem ficha suja”, disse a dona de uma banca de decoração para bebês.

Ibaneis limitou-se a dizer que “há pessoas na Câmara Legislativa que tiveram menos votos e estão lá” e que “o sistema eleitoral precisa de mudanças”. Na feira da Torre, além de vistoriar o local, Ibaneis participou de uma roda de samba.

O governador do Rio Wilson Witzel com secretários no Palácio Guanabara (Foto: Ana Branco / Agência O Globo)
O governador do Rio Wilson Witzel com secretários no Palácio Guanabara (Foto: Ana Branco / Agência O Globo)

No último fim de semana, o emedebista foi ao Itapoã, Taguatinga, Ceilândia e São Sebastião para vistoriar primeiras ações do programa SOS DF, o primeiro programa da atual gestão.

Orla do Lago

Mais cedo, o governador Ibaneis Rocha declarou que é contrário à liberação da orla do Lago Paranoá para uso recreativo.

Ele salientou que terá uma visão de preservação e não de ocupação. “Eu tenho uma visão diferente do ex-governador Rodrigo Rollemberg. Acho que a liberação tem que ser feita, cumprindo a decisão judicial integralmente no que diz respeito à preservação ambiental. Tem que cumprir os 30 metros sem nenhum tipo de construção, mas não pode ser asfaltado, não pode ter gente circulando porque traz sujeira”.

O governador disse que serão feitos estudos de viabilidade de implantação de parques vivenciais para que a população tenha acesso de forma controlada, sem que haja poluição no lago.

As declarações foram dadas em café da manhã de apresentação do administrador do Lago Sul, Rubens Santoro Neto. Ele foi o primeiro nome anunciado pelo chefe do Palácio do Buriti para comandar o local.

Polêmicas

Na tarde dessa sexta-feira (11/1), durante o lançamento do SOS Segurança – pacote que prevê a paridade da PCDF, concursos e delegacias reabertas – Ibaneis reagiu ao Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT) sobre nomeações da gestão dele. “Eu não volto atrás. O Ministério Público administra a vida dele, e quem administra a minha sou eu”, disse.

O governador ainda acusou o antecessor, Rodrigo Rollemberg (PSB), de ter deixado um rombo bilionário nas contas de 2019. “Ele pedalou em R$ 1,1 bilhão somente se contabilizarmos as folhas de pagamento dos servidores públicos”.

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