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Começa hoje e vai até o dia 8 de dezembro (sábado), no Cinema São Luiz, no Recife, a 20ª edição do Festival de Curtas de Pernambuco, o FestCine. O São Luiz, que é considerado o templo do audiovisual e patrimônio histórico de Pernambuco, abre suas portas e ilumina sua tela para exibir o novíssimo panorama do cinema pernambucano.
O festival, que é realizado pelo Governo de Pernambuco (Secult e Fundarpe) e Prefeitura do Recife, acontece em homenagem a dois pernambucanos que estão cravados na história do audiovisual brasileiro, Arlindo Gusmão e Graça Araújo. O cinéfilo e ex-programador de filmes Arlindo Gusmão, atuou em empresas como Art Filmes, Warner Bros, Herbert Richards e Embrafilmes, e colaborou ainda com o único mapeamento do parque exibidor pernambucano nos anos 50/60. A jornalista Graça Araújo, que partiu precocemente este ano, deixando um legado imenso para o telejornalismo e a difusão do cinema pernambucano, atuando, inclusive, como apresentadora oficial de todas as edições do Cine PE.
A secretaria estadual de Cultura, Antonieta Trindade, disse que o Festival é de grande relevância para o cinema em Pernambuco. “O Festival chega à sua vigésima edição reafirmando e incentivando o olhar para a produção audiovisual local. A história do FestCine é marcada pela exibição dos primeiros curtas-metragens de realizadores que hoje são reconhecidos até internacionalmente, então, é com grande alegria que damos continuidade a um evento que representa tanto para toda a cadeia do cinema e da produção audiovisual pernambucana”.

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Para o presidente da Fundação de Cultura Cidade do Recife, Diego Rocha, Pernambuco é um grande celeiro de produção audiovisual. “Pernambuco e principalmente o Recife têm enorme vocação para gerar profissionais sensíveis e inovadores. Por isso os poderes públicos precisam se manter articulados, e o fazem, para potencializar e fomentar o surgimento de novos talentos por trás das câmeras”.

PREMIAÇÕES – O panorama das mostras competitivas desta edição é composto por 64 filmes de todas as macrorregiões do estado, exibindo uma grande diversidade de temas, estéticas, narrativas e processos de realização. São ficções, videoartes, documentários, animações e videoclipes que integram as programações de duas mostras competitivas (Geral e Formação).

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Selecionados entre 209 obras inscritas – um recorde -, os curtas concorrem a uma premiação total no valor de R$ 66,5 mil. Neste montante, consta também o prêmio inédito no Festival, o CIARIO/CONNE que concederá ao filme eleito pelo Juri Oficial como melhor curta de Pernambuco, um crédito na empresa NAYMAR de R$ 8 mil em locação de equipamentos de iluminação, acessórios e maquinaria para uma futura obra audiovisual.

Para Matheus Lins, coordenador geral do FestCine, “este novo prêmio é mais uma forma de incentivarmos a continuidade das carreiras artísticas dos vencedores do FestCine que, também nesta edição, poderão contar com críticas especializadas de suas obras que serão elaboradas pelo jornalista e crítico audiovisual Luiz Joaquim”.

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De acordo com Márcia Souto, presidente da Fundarpe, “a inclusão de pessoas com algum tipo de deficiência no Festival também é um aspecto que estamos fortalecendo nesta edição, com a realização de sessões especialmente direcionadas a este público; e na grade de formação cultural, as mulheres têm prioridade, são o público-alvo de oficinas ofertadas em parceria com o FERA (Feminismo e Equidade para Reinventar o Audiovisual)”.

DEBATES – Outro destaque da programação deste ano é o retorno dos debates diários com os realizadores e ainda a oferta das oficinas “Documentando”, ministrada pelo cineasta Marlom Meirelles, “Estratégia de Marketing Digital para o Lançamento de Filmes”, com o roteirista e diretor Txai Ferraz, e “Inspire. Interpretação para TV e Cinema”, ministrada pelo comunicador e produtor cultural Gilvan Noblat.

Na quarta-feira, (5), o São Luiz acolhe o encontro “Cinema urgente: estratégias de existência do cinema como arte e resistência”, que contará com a participação de diversas realizadoras pernambucanas, partilhando experiências e traçando novas estratégias de intervenção. Já no sábado (8), duas sessões especiais ganham a tela. A primeira, às 17h, vai apresentar – em parceria com Alumiar/Fundação Joaquim Nabuco, dois filmes com audiodescrição e outros recursos de acessibilidade comunicacional: o curta Frequências, de Adalberto Oliveira e o longa O Auto da Compadecida, de Guel Arraes. Logo na sequência, às 19h, acontece a Mostra Documentando,que reúne quatro curtas-metragens produzidos de maneira coletiva em oficinas do projeto que tem percorrido, com incentivo do Funcultura, diversos municípios de Pernambuco.

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