COLUNA DO MOCHILA MONTADA

À VÉSPERA DE UMA ELEIÇÃOÀ véspera da eleição, um país polarizado

Em 1987, um ano antes de o Congresso brasileiro promulgar uma Constituição com ares democráticos, o cientista político americano Scott Mainwaring já acompanhava a política por aqui. Na ocasião, Mainwaring, bolsista na fundação americana Fullbright, estudou a atuação do partido do Movimento da Democracia Brasileira, o MDB, na transição de um regime militar para a democracia. Atualmente, após três décadas de estudos sobre a política na América Latina, o cientista político dá aulas sobre o tema na Harvard Kennedy School, escola de política da universidade, em Boston. Mainwaring vê com preocupação a atual disputa eleitoral. Para ele, a atual sensação de corrupção generalizada nos brasileiros pode abrir espaço para um populismo que já cerceou o debate político em países vizinhos.
Como a corrupção escancarada impacta uma eleição?
Talvez o maior impacto seja o de gerar um cinismo generalizado por parte dos eleitores sobre a classe política. Para os brasileiros, a visão dominante é a de que todos os políticos atuais são corruptos — ou serão um dia. Por isso, mesmo que um representante da atual classe política tenha uma ficha limpa, ele não terá tanto apelo junto aos eleitores.
Qual perfil político acaba beneficiado nessa situação?
Essa situação abre as portas para candidatos antiestablishment, que não raramente são também populistas. Eles conseguem capitalizar a bandeira contra a corrupção de uma maneira que os políticos tradicionais não conseguem. Hugo Chávez fez isso na Venezuela em 1998. Posteriormente, Chávez e Maduro transformaram a democracia na Venezuela num sistema de compadrio ainda mais corrupto, colocando o país na ruína completa atual.
Na América Latina, o populismo está concentrado numa ideologia de esquerda?
Não necessariamente. Em termos gerais, a conjuntura de corrupção generalizada, acompanhada de economia em apuros, beneficia candidatos de oposição, sem orientação ideológica. Veja a história de Brasil e Peru nos anos 80. Os choques econômicos nesses países no período deram origem a candidatos populistas à direita com Fernando Collor, em 1989, no Brasil, e Alberto Fujimori, em 1990, no Peru.
Essa conjuntura está ligada à polarização política no Brasil?

O Brasil não era um país polarizado até 2014. Então, as revelações da Operação Lava-Jato, junto com a incompetência do governo de Dilma Rousseff, geraram nos setores conservadores da sociedade o senso de que o Partido dos Trabalhadores era um inimigo. Mas o impeachment de Dilma, em vez de apaziguar as coisas, gerou mais polarização, à medida que casos de corrupção na gestão Temer foram criando nos setores de esquerda a sensação de que a direita estava agindo oportunisticamente. Ambos os lados agora escolhem seus próprios “fatos” e interpretam a realidade por suas lentes.
Há risco de um afastamento de políticos e eleitores no Brasil?
Sim, mas por uma resposta simples: os políticos atuais governaram mal, causando corrupção, crime e serviços públicos ruins num país com alta carga tributária e pouco crescimento.
A campanha na tevê ainda tem influência nas eleições?
Em campanhas para altos cargos executivos, como presidente, a televisão ainda segue sendo o principal meio de fazer política. No Brasil, onde os candidatos não podem comprar anúncios, a vantagem de quem tem tempo de TV é considerável. Ou seja, os partidos tradicionais. Será fascinante ver se o candidato Jair Bolsonaro conseguirá superar a desvantagem com tão pouco tempo.
Qual o impacto das redes sociais na política?
Em geral, elas acentuam a polarização na política. Além disso, trazem um mal que é a notícia falsa. Nos Estados Unidos, em 2016, sabemos que agentes russos pró-Donald Trump disseminaram notícias falsas. Mas não sabemos exatamente a importância da manipulação eleitoral na vitória de Trump. Ele bateu Hillary Clinton por 77.000 votos em três estados-chave do país. O impacto da manipulação pode ter sido bem maior do que isso.

Choque no bolso: gasolina fica mais cara neste fim de semana

CHOQUE NO BOLSOQuem percorreu os postos neste sábado (01/09) levou um susto: os preços da gasolina voltaram a subir com força. Segundo gerentes dos estabelecimentos, as bombas só estão refletindo os recentes reajustes promovidos pela Petrobras. Eles avisam ainda que a tendência, daqui por diante, é de mais aumentos, por causa da alta do dólar, um dos componentes dos preços dos combustíveis.
A Petrobras, que fixa os valores nas refinarias, não perdoa.
Representantes do setor de combustíveis dizem que, além da política de preços da Petrobras, que acompanha a variação do petróleo no mercado internacional e a cotação do dólar, os governos não estão pensando duas vezes para aumentar impostos.

NOTAS ESPORTIVAS MONTADA

MAUS NEGOCIADORES 2

Maus Negociadores

A grande maioria dos dirigentes de nossos clubes mostrou-se maus negociadores: incompetentes na compra e na venda.
Além de ‘comprar gato por lebre’, gastam sempre mais por muito pouco. E o resultado disso são caminhões de jogadores, em fim de carreira, ou bichados, que vêm para nossos clubes, não jogam nada e, quando sai, sai falando mal e cobrando milhões. A sorte é quando o time abre rápido os olhos e encerram o contrato num pequeno período de tempo, o que diminui os gastos com rescisões, principalmente as cobradas na Justiça. Ou quando acontece como aconteceu agora, no caso de Safira, em que os exames prévios detectaram problemas médicos.
Da mesma maneira que não sabem comprar, também não sabem vender. Basta dar uma olhada nas maiores vendas de craques de nossos times. O quanto eles renderam para os compradores, todos sabem:
3.500.000 – Jackson (meia), do Sport para o Palmeiras, em 1998
2.200.000 – Bosco (goleiro), do Sport para o Cruzeiro, em 2001
2.100.000 – Gilmar (atacante), do Náutico para o Guingamp (França), em 2009
2.000.000 – Daniel Paulista (volante), do Sport para o Rapid (Romênia), em 2008
2.000.000 – Gilberto (atacante), do Santa Cruz para o Internacional, em 2011
1.800.000 – Fumagalli (meia), do Sport para o Al-Rayyan (Catar), em 2007
1.750.000 – Leonardo (atacante), do Sport para o Cruzeiro, em 2001
1.500.000 – Juninho Pernambucano (meia), do Sport para o Vasco, em 1995
1.500.000 – Juninho Petrolina (meia), do Sport para o Atlético-MG, em 1998
1.500.000 – Cleber Santana (meia), do Sport para o Vitória/BA, em 2004
1.300.000 – Pantera (atacante), do Santa Cruz para o Compostela (Espanha), em 1996
1.300.000 – Chiquinho (meia), do Sport para o Vitória/BA, em 1997
1.200.000 – Carlinhos Bala (atacante), do Santa Cruz para o Cruzeiro, em 2006
1.100.000 – Moacir (volante), do Sport para o Corinthians, em 2010
1.000.000 – Russo (lateral-direito), do Sport para o Vitória/BA, em 1997
1.000.000 – Edson (lateral-esquerdo), do Sport para o Corinthians, em 2000
1.000.000 – Grafite (atacante), do Santa Cruz para o Grêmio, em 2001
1.000.000 – Wellington (atacante), do Náutico para o TSG Hoffenheim, em 2008
(Valores em Reais)

KLÉBER NO CONGRESSOBeira-Rio recebe 2º Congresso Latino-Americano de Gestão para estádios

O estádio Beira-Rio recebeu, nesta sexta-feira (31/08), o 2º Congresso Latino-Americano de Gestão Eficaz para Arenas e Estádios. O evento, realizado pela Imply, reúniu dirigentes e representantes de clubes de futebol e administradoras de estádios de Argentina, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai, além de membros do Ministério Público do Rio Grande do Sul e Tribunal de Justiça do Estado do Paraná. Uma série de palestras e debates se desenvolveu, incluindo visitas a dois estádios de Porto Alegre, o Beira-Rio e a Arena.

O presidente em exercício do Internacional, João Patrício Herrmann, que é o 1º Vice-Presidente do Clube, fez a abertura do congresso. Em sua explanação, o dirigente colorado salientou que este encontro internacional para debater gestão de estádios é uma ação importante para o futebol do continente: “É um momento que a gente tem para interagir, conversar sobre coisas do futebol que não são só as quatro linhas do futebol. Sobre isto todo mundo fala, mas falar sobre gestão, sobre como fazer a coisa funcionar em um clube de futebol é muito mais complicado”.

As apresentações começaram com a palestra do vice-presidente de administração do Internacional, Alessandro Barcellos, ao lado do diretor de administração, Luciano Elias, e do presidente da Brio, Paulo Pinheiro. Eles detalharam o funcionamento do estádio Beira-Rio em dias de jogos, apresentaram o formato de parceria entre Inter e Brio na administração da casa dos colorados e destacaram a segurança para os eventos por meio de equipes, câmerasKLÉBER BORGES de última geração e biometria.
Ao fim das apresentações, os participantes do congresso realizaram a Visita Colorada e, depois, o Tour Arena do Grêmio. O evento foi realizado pela Imply e teve apoio do Internacional, da Brio e da Arena do Grêmio, e patrocínio da Eleven Tickets.
Para Kléber Borges, diretor geral da Arena Pernambuco, “foi um dia de muito aprendizado, de troca de ideias e de rever meus amigos, gestores das maiores arenas da América do Sul. Cada vez mais tenho a certeza que nossa Arena de Pernambuco está no caminho certo”.

USAIN BOLT JOGANDO

Usain Bolt trocou as pistas pela bola

O mito do atletismo Usain Bolt, 32 anos, iniciou uma nova carreira esportiva, agora nos campos de futebol. Contratado pelo Central Coast Mariners, da Austrália, o tricampeão olímpico dos 100m e 200m fez sua estreia como jogador nesta sexta-feira (31/8), em um amistoso de pré-temporada contra uma equipe amadora da cidade de Gosford, região norte de Sydney, de acordo com o site Sports Illustrated. Bolt jogou apenas 20 minutos, mas atraiu 10 mil torcedores, no amistoso que sua equipe, que disputa o Campeonato Australiano, triunfou com facilidade, por 6 a 1, contra uma seleção amadora de Central Coast. “Foi bom. Foi como esperei… O público me deu muita força”, disse ao canal “Fox Sports”, da Austrália.
O técnico do Mariners, Mike Mulvey, afirmou que Bolt está em boas condições físicas, mas ainda precisa se adaptar à nova modalidade. “Ele tem as habilidades básicas, isso não é problema. Agora ele precisa fazer as coisas na velocidade que nós fazemos. Mais do que tudo, ele está lutando para se acostumar ao condicionamento ideal para o futebol” – declarou.

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