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Por Marcio Maia

Enquanto o presidente nacional do PMDB, o pernambucano Romero Jucá, senador pelo Amapá, tenta mudar a imagem desgastada do partido, inclusive propondo a volta do nome para MDB e lançando um concurso nacional para escolher uma nova logomarca, os Diretórios Estaduais da sigla estão pegando fogo. Amanhã (13) em Brasília, haverá uma reunião da Executiva nacional e tudo indica que os debates serão acalorados.
Hoje, aconteceu uma reunião no Recife, e a Diretoria Executiva aprovou uma nota, onde fica claro que todos estão dispostos a lutar, até na Justiça, para evitar que seja concretizado o desejo do senador Fernando Bezerra Coelho de se candidatar ao Governo do Estado, levando o partido para a oposição ao governador Paulo Câmara (PSB).
O presidente da sigla, Raul Henry, que é vice-governador, não vê cabimento em uma mudança de posicionamento político-eleitoral agora, só para atender ao desejo de FBC. Ele tem feito grandes elogios à gestão de Paulo Câmara, a quem considera um gestor competente, honesto e dedicado, cujas ações administrativas têm evitado que Pernambuco conviva com o caos financeiro, como está acontecendo no Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e outros Estados, que não conseguem sequer pagar os salários do funcionalismo em dia.
Fernando Bezerra, por sua vez, tem dito que conta com o aval de Romero Jucá, presidente da sigla e de outros caciques da legenda, como os ministros Moreira Franco, Eliseu Padilha e até do presidente Michel Temer.
Além de Pernambuco, a confusão também está grande também na Paraíba, pelo mesmo motivo. Uma parte do partido quer manter o apoio ao governado Ricardo Coutinho (PSB), definido em um acordo firmado em 2014, ainda com a intermediação de Eduardo Campos. Lá, existem três grupos com os principais líderes, o ex-governador Roberto Paulino e os senadores Raimundo Lira e José Maranhão.
Em Minas Gerais, a confusão dentro da sigla também é muito grande, mas é motivação é outra. Lá, o pívô do desentendimento é o senador Zezé Perrella, que já foi alvo de inúmeras denúncias de práticas de irregularidades, as mais diversas. Um grupo entende que ele está prejudicando a imagem do partido, por estar sempre envolvido em “coisas erradas” e por sua ligação com o também senador Aécio Neves (PSDB), também constantemente denunciado.
Vejam um trecho da nota distribuída pelo Diretório Estadual do PMDB, de Pernambuco.

EXIGIMOS RESPEITO!

A história do PMDB de Pernambuco começou em 1966, quando foi fundado como MDB. Nesses mais de 50 anos de trajetória, nosso partido caracterizou-se pela combatividade, pela resistência ao autoritarismo, pela postura republicana na relação com o patrimônio público e pela defesa dos interesses do povo.

A síntese dessa história e desses valores materializa-se em um nome: o do ex-governador Jarbas Vasconcelos. Jarbas foi fundador do MDB e do PMDB. Foi também seu presidente estadual e nacional, companheiro leal do inesquecível Ulysses Guimarães. Sua vida é exemplo de coragem cívica, retidão de caráter, honestidade e espírito público. Por isso, para nós do PMDB de Pernambuco, Jarbas é mais que uma liderança, é um símbolo da nossa identidade política.

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