Por Márcio Maia
No próximo domingo, 2 de abril, acontecerá a eleição para escolha do novo prefeito de Ipojuca, um dos mais importantes municípios do estado, onde estão localizados o Complexo Industrial e Portuário de Suape, a Refinaria Abreu e Lima e o Estaleiro Atlântico Sul. Três candidatos – Carlos Santana (PSDB), Célia Sales (PTB) e Olavo Aguiar (PMN) – disputam o pleito.
Além da importância política e econômica de Ipojuca no cenário pernambucano, um outro aspecto ronda o pleito. É que vai acontecer no próximo domingo, o primeiro round da luta político-eleitoral que será travada até outubro de 2018, entre o governador Paulo Câmara (PSB) e o senador Armando Monteiro Neto (PTB). Os dois são os prováveis mais fortes candidatos na próxima eleição para o Governo do Estado.
Célia Sales conta com o apoio do marido, o ex-vereador Romero Sales, que disputou a eleição com Santana, teve mais votou mas não se elegeu por decisão do Tribunal Superior Eleitoral, através do ministro Gilmar Mendes, que o considerou “ficha suja”. É apoiada por Armando Monteiro, o senador Humberto Costa (PT) e pelo ex-presidente Lula (PT), que gravou mensagem na semana passada, para sua campanha.
O outro candidato é o ex-prefeito Carlos Santana, apoiado por Paulo Câmara, pela maioria dos deputados estaduais e federais e pelo senador Fernando Bezerra Coelho (PSB). Tem também o apoio do atual prefeito em exercício Irmão Ricardo (PTC), que assumiu o cargo por ser presidente da Câmara de Vereadores.
A campanha se deu com muitas denúncias de ambos os lados, inclusive de abuso de poder econômico e propaganda irregular. Muitos carros de som estão pelas ruas da cidade e dos distritos tocando as músicas e frases de elogio aos disputantes.
O que poderia ser uma campanha fria e sem muito interesse, terminou se tornando um ponto de análise para os analistas políticos por conta do envolvimento direto entre o socialista Paulo Câmara e o trabalhista Armando Monteiro.
Quem vencer, terá dado o primeiro passo para a vitória em 2018.