Arquivos do mês setembro 2016

Folha de Pernambuo

PrintQuase um mês após iniciada a campanha eleitoral, a segunda pesquisa Ibope, encomendada pela Folha de Pernambuco e Rede Globo, aponta que o prefeito e candidato à reeleição, Geraldo Julio (PSB), cresceu 12 pontos percentuais em relação ao levantamento anterior e assumiu a primeira posição isolada. O socialista aparece com 38% das intenções de voto. Na pesquisa de 22 de agosto, ele tinha 26%, um ponto a menos do que João Paulo (PT), que repetiu os mesmos 27% nas duas sondagens.

O candidato do PSDB, Daniel Coelho, permanece na terceira posição com 13%, oscilando positivamente dois pontos em relação ao levantamento anterior. A postulante do DEM, Priscila Krause, caiu além da margem de erro, indo de 8% para 4% nesta nova pesquisa. Completam a lista Edilson Silva (PSOL), que oscilou negativamente um ponto, de 4% para 3%, e Carlos Augusto (PV), que permanece com o mesmo 1%. Brancos e nulos somam 10%, enquanto outros 4% se dizem indecisos.

Assim como na sondagem estimulada, a pesquisa espontânea – quando não são mostrados os nomes dos candidatos – aponta crescimento das citações de Geraldo Julio. No dia 22 de agosto, ele aparecia com 12% e, agora, é lembrado por 31%. João Paulo também cresceu nesse item, passando de 11% para 21% das citações. Daniel Coelho passou de 2% para 8%; Priscila Krause de 2% para 3%; e Edilson Silva de 1% para 2% Outros foram citados por 1%, mesmo percentual anterior, branco e nulo caiu de 27% para 17%, assim como os que não souberam, que saiu de 43% para 17%.

Segundo Turno

A nova pesquisa Ibope/Folha PE/Globo, também simulou três cenários de segundo turno. No primeiro deles, na disputa entre Geraldo Julio e João Paulo, o socialista leva vantagem. Ele aparece com 50% contra 33% do petista. Nesse quadro, 12% votariam branco ou nulo e outros 5% não opinaram.

No outro cenário, Geraldo aparece com 52% das intenções de voto, contra 28% de Daniel Coelho. Dos ouvidos, 15% votariam branco ou nulo e 5% não opinaram. Já numa eventual disputa entre João Paulo contra Daniel, o petista levaria vantagem, ficando com 43%, contra 38% do tucano. Nesse cenário 13% votariam branco ou nulo e 7% não opinaram.

Rejeição

Com quase um mês de campanha, os números da rejeição começam a alterar. Em relação à pesquisa anterior, cinco candidatos ampliaram esse índice. Mais rejeitado em 22 de março, Pantaleão (PCO) segue na ponta desse item. Ele era citado por 36% e subiu para 46% nessa nova pesquisa. Depois aparece Simone Fontana (PSTU), que foi de 24% para 33% das citações. A rejeição a João Paulo caiu de 33% para 32%.

Na quarta posição aparece Carlos Augusto, que passou de 23% para 31%, seguido por Edilson Silva, que foi de 23% para 30%, Priscila Krause, que passou de 23% para 26%.

Geraldo Julio teve a maior queda nesse índice, passando de 29%, em 22 de março, para 20%, na atual sondagem. Assim como o socialista, Daniel Coelho teve queda no índice de rejeição, passando de 25% para 19%. Afirmaram poder votar em todos saiu de 3% para 2% e não souberam ou não opinaram passaram de 10% para 5%. Os entrevistados puderam citar mais de um candidato, portanto os resultados somam mais de 100%.

A pesquisa Ibope ouviu 1.001 eleitores entre os dias 9 e 13 de setembro de 2016. A margem de erro máxima estimada é de três pontos percentuais para mais ou para menos, com um nível de confiança de 95%. Isso quer dizer que há uma probabilidade de 95% de os resultados retratarem o atual momento eleitoral. O levantamento está registrado no Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco sob o protocolo Nº PE-09778/2016.

Blog do Josias

dellagnolrodolfobuherlaimagemfotoarenafolhaA defesa de Lula se autoimpôs uma missão irrealizável. Para refutar a acusação de que seu cliente era “o comandante máximo” do petrolão, os advogados de Lula se esforçam para provar que aquele ex-operário que chegou à Presidência como um mito e deixou o Planalto como um recordista de popularidade era, na verdade, um míope meio bobo —indigno dos milhões de votos que o elegeram duas vezes.

Os defensores de Lula optaram por uma linha desconstrutiva. É como se tentassem livrar Lula de suas culpas imolando-o. A grandeza de sua vista curta o impediu de enxergar a roubalheira que se implantou sob suas barbas. A doce ingenuidade de sua alma não permitiu que Lula constatasse que o patriotismo dos aliados era movido a propinas.

Coordenador da força-tarefa de Curitiba, o procurador Deltan Dellagnol foi mais respeitoso com Lula do que os advogados do ex-presidente. Homenageou-lhe a inteligência e a fama de cérebro solitário do petismo grudando nele três denominações: 1) “comandante máximo do esquema de corrupção identificado na Lava-Jato”; 2) “maestro da orquestra concatenada para saquear os cofres da Petrobras e outros órgãos públicos”; e 3) “grande general do esquema de corrupção.”

Em entrevista concedida nas pegadas da divulgação da denúncia de Curitiba, um dos advogados de Lula, Cristiano Zanin Martins, disse que a “verborragia” do procurador Dellagnol teve conotação “política”. Como assim? ”O Ministério Público Federal elegeu Lula como ‘maestro de uma organização criminosa’, mas esqueceu do principal: a apresentação de provas dos crimes imputados.”

O doutor talvez não se recorde —ou esquece de lembrar— que o procurador Dellagnol e a força-tarefa de Curitiba não estão sozinhos em suas conclusões. Numa petição que protocolou em maio no Supremo Tribunal Federal, o procurador-geral da República Rodrigo Janot requereu a inclusão de Lula no “quadrilhão”, como é conhecido o principal inquérito da Lava Jato. Na peça, Janot referiu-se a Lula em termos dignos de um epitáfio.

Escreveu o procurador-geral: ”Essa organização criminosa jamais poderia ter funcionado por tantos anos e de uma forma tão ampla e agressiva no âmbito do governo federal sem que o ex-presidente Lula dela participasse.” O procurador Dellagnol apenas ecoou: “Só o poder de decisão de Lula fazia o esquema de governabilidade corrompida viável. Ele nomeou diretores para que arrecadassem propina. Sem o poder de decisão de Lula, esse esquema seria impossível.”

Noves fora os E$ 30 milhões em palestras financiadas pelas cleptoconstrutoras e o sítio de Atibaia, duas denúncias que estão na fila, as evidências de que Lula se beneficiou financeiramente do esquema constam da primeira denúncia da Lava Jato. Ao dizer que faltam provas sem refutá-las adequadamente, a defesa pede à plateia que também se finja de boba para que Lula possa continuar executando no palco o papel de um Napoleão se descoroando.

De acordo com esta primeira denúncia, Lula recebeu R$ 3,7 milhões em propinas da OAS, uma das empreiteiras que assaltaram a Petrobras. O dinheiro foi aplicado no célebre tríplex do Guarujá e no aluguel de contêineres para guardar os bens e presentes que Lula ganhou durante o exercício da Presidência.

Apenas no armazenamento daquilo que Lula chama de “tralhas”, a OAS torrou R$ 1,3 milhão. No apartamento que Lula diz não possuir, a construtora enterrou R$ 1,1 milhão na aquisição do imóvel, R$ 926 mil na reforma e R$ 350 mil na instalação de uma cozinha gourmet. Lula, sua mulher Marisa e seu filho Fábio Luiz vistoriaram o imóvel.

A defesa de Lula sustenta que a família Silva não se interessou pela compra do tríplex. E se abstém de explicar por que diabos a OAS enterraria uma fortuna para dotar o apartamento de facilidades como um elevador e uma cozinha de luxo se não tivesse um compromisso com Lula. O advogado se escora no registro cartorial como se a ocultação da propridade não fosse a essência do crime de lavagem de dinheiro.

A denúncia não faz de Lula um culpado automático. Antes de proferir uma sentença, o juiz Sérgio Moro terá de atestar o nexo das acusações do Ministério Público, enviando o ex-presidente e os outros acusados ao banco dos réus. Vencida a fase do contraditório, virá o veredicto. Seja qual for o desfecho, Lula sairá mal do processo.

Condenado, pode passar uma temporada no xadrez. Absolvido, passará à história como um cego atoleimado que presidiu o país sem notar que sob os fios do seu bigode desenrolava-se uma roubalheira sem precedentes. E o petrolão se eternizará como a corrupção acéfala, a máfia sem capo. O sucesso da defesa de Lula depende do talento dos seus advogados para desmoralizar a reputação do cliente.

Blog do Inaldo Sampaio

marco-aurelio-mello-foto-reproducao-internetO ministro Marco Aurélio Mello (STF) concedeu habeas corpus aos quatro empresários pernambucanos – João Carlos Lyra Pessoa de Melo Filho, Eduardo Freire Bezerra Leite, Apolo Santana e Artur Roberto Lapa Rosal – investigados pela “Operação Turbulência” da Polícia Federal.

Os quatro empresários estavam presos desde o dia 21 de junho deste ano no Centro de Observação e Triagem Everardo Luna (Cotel), localizado em Abreu e Lima (PE). Eles são acusados de comandar um esquema de lavagem de dinheiro que teria desviado cerca de R$ 600 milhões dos cofres públicos por meio de contratos com a Petrobras.

Eles foram soltos nesta quarta-feira (15) após publicação da decisão do ministro no Diário Oficial da Justiça. O advogado deles é o pernambucano Ademar Rigueira, que já havia sofrido dois reveses no TRF da 5ª região.

Os empresários estavam presos preventivamente em nome da “garantia da ordem pública e econômica e por conveniência da instrução processual, considerada a continuidade da prática criminosa, o desequilíbrio das finanças nacionais, o risco de comprometimento da obtenção de novas provas e a possibilidade de intimidação de testemunhas”.

Marco Aurélio considerou “genéricas” as alegações da Polícia Federal para requerer a preventiva dos quatro empresários e escreveu o seguinte em seu despacho:

“O possível envolvimento em delito não leva à inversão da sequência do processo-crime, que direciona a apurar para, selada a culpa, em execução da pena, prender”. Eles vão responder ao processo em liberdade.

Segundo a Polícia Federal, o quarteto teria financiado campanhas eleitorais do ex-governador Eduardo Campos e adquirido o avião que caiu com ele agosto de 2014, em Santos (SP), matando-o.

No dia 3 de agosto, o Ministério Público Federal ofereceu denúncia contra 18 pessoas suspeitas de integrar a organização criminosa.

Segundo o MPF, João Carlos Lyra Pessoa de Melo Filho, Eduardo Freire Bezerra Leite e Apolo Santana Vieira eram os líderes da organização. Já Arthur Roberto Rosal é suspeito de atuar como “testa de ferro” da organização, fato também atribuído a Paulo César de Barros Morato, encontrado morto no dia seguinte à deflagração da Operação, no dia 22 de junho, no motel Tititi de Olinda.

Da Redação

paulocamaraO governador Paulo Câmara (PSB) vem realizando uma boa administração em diversos setores, especialmente na Saúde e na Educação, aspecto em que Pernambuco vem conseguindo grande destaque por ter alcançado o índice de 3,9, o maior do Brasil. Mesmo convivendo com a grave crise financeira que atingiu o Brasil nos últimos dois anos, por conta da excelente gestão do ex-governador Eduardo Campos (PSB), ele vem controlando as finanças do Estado, inclusive pagando em dia os salários do funcionalismo, o que não está ocorrendo em diversos outros.
O grande “calo” da gestão Paulo Câmara tem sido os altos índices de aumento da violência. Na gestão passada, o Pacto pela vida foi implantado e funcionou muito bem, fazendo com que os números de ocorrências caíssem de forma acentuada, dando tranquilidade à população. O método recebeu muitos elogios e foi motivo de estudos e observação de especialistas de todo o Brasil e do Exterior. Chegou a receber prêmios internacionais, como na Organização das Nações Unidas (ONU).
Hoje, estão aumentando os números de assaltos, assassinatos, estupros e, principalmente, arrombamentos de agências bancárias, o que tem deixado apavorados os moradores de dezenas pequenas cidades. Nos últimos meses, quase cem casos desse tipo já foram registrados sem que a Polícia consiga prender a maioria dos envolvidos e evitar novas ocorrências.
Até os integrantes das torcidas organizadas dos clubes de futebol, confiando de que não serão presos e punidos, estão se envolvendo em verdadeiras guerras pelas ruas. Cientes de que nada lhes acontecerão, os encontros são marcados pela Internet. Parece até os famosos duelos que ocorriam no tempo dos cow boys e bandoleiros no faroeste americano e que eram marcados “ao por do sol” na frente dos saloons.
Os comerciantes que fazem compras de confecções em Caruaru, Toritama e Santa Cruz do Capibaribe também estão amedrontados com a onda de assaltos de que são vítimas. Para minorar a situação, estão andando em comboios e acompanhados de vigilantes fortemente armados. As Polícias Militar e Rodoviária Federal discutem sobre quem é responsável pelo policiamento e os negociantes ficam entregues à própria sorte.
Para piorar a situação, a Associação dos Delegados de Polícia (ADEPPE) promoveu uma Assembleia na qual foi decidido que os delegados iriam deixar de realizar trabalhos em horário extraordinário em troca de gratificações. Segundo o presidente da categoria, Francisco Rodrigues, os profissionais estão se estressando por causa do grande número de horas trabalhadas e também pela falta de condições, como a falta de pessoal, armamentos e viaturas.
A Polícia Militar também não vem atuando a contento, com a mesma alegação: falta de pessoal, equipamentos e viaturas. Os presidentes das diversas associações de oficiais e praças têm feito severas críticas ao governador Paulo Câmara que, alegando falta de dinheiro, não consegue completar os vazios do efetivo policial.
Enquanto os policiais civis e militares não chegam a um acordo com o governador e seus assessores, o povo vai pagando o pato, sem poder andar nas ruas com tranquilidade e segurança. Vamos esperar que Paulo Câmara consiga encontrar a ´solução para o problema, porque a população de todas as regiões do Estado está apavorada.

G1

paulo-camara-2Governadores de 17 estados, principalmente das regiões Norte e Nordeste, se reuniram nesta terça-feira (13) com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, para solicitar novamente uma ajuda emergencial por conta das perdas de recursos devido à queda dos repasses do Fundo de Participação dos Estados (FPE) e informaram que, sem esse apoio extra – ainda não confirmado pelo governo federal – vão decretar nas próximas semanas estado de calamidade pública. A informação foi divulgada pelo governador do Piauí (PI), Wellington Dias.

Participaram da reunião com Meirelles os governadores do Distrito Federal e dos seguintes estados: Bahia, Rio de Janeiro, Pernambuco, Goiás, Mato Grosso, Ceará, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe, Amazonas, Paraná, Acre, Amapá, Roraima e Tocantins.

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, se limitou a informar, por meio de nota à imprensa, que se comprometeu a levar os pedidos de auxílio financeiro ao conhecimento do presidente Michel Temer para “discutir alternativas no enfrentamento da crise nos estados”. (Veja a íntegra da nota abaixo)

“Nossa avaliação é de que temos que dar segurança à economia e à sociedade de que o governo vai cumprir o resultado primário [meta de déficit fiscal de R$ 170,5 bilhões neste ano] de modo que a confiança volte. Já está voltando no serviço, no comércio, na indústria e no consumidor. É fundamental que sejamos capazes de cumprir a meta”, disse o ministro Meirelles na reunião com os governadores, informou o Ministério da Fazenda.

R$ 7 bilhões de ajuda
Wellington Dias, do Piauí, lembrou que 20 governadores das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste solicitaram uma agenda com o presidente Michel Temer, recentemente, para buscar uma ajuda emergencial, a exemplo do que foi concedido para o estado do Rio de Janeiro – que recebeu R$ 2,9 bilhões por conta da Olimpíada, e foram informados que teriam uma resposta em 15 dias. O prazo terminou e os governadores vieram cobrar uma resposta do governo federal.

Ele observou que o pedido inicial era de uma ajuda emergencial de R$ 14 bilhões para os estados, mas que os governadores concordaram em baixar o valor para R$ 7 bilhões – recursos que seriam abatidos posteriormente da receita que os estados receberiam, no fim do ano, de sua parte na repatriação de recursos do exterior. Entretanto, segundo ele, a resposta do ministro Meirelles foi que não havia recursos para estes estados.

“Uma decisão já tomada por vários estados brasileiros, algo como 14 ou 15 estados, destas três regiões (Norte, Nordeste e Centro-Oeste) que, diante da situação grave de colapso, onde há problemas de seca, de segurança, não dando conta de programas essenciais, com atraso de folha de aposentados e pensionistas, já na área de risco de crime de reponsabilidade, a alternativa é decretar estado de calamidade”, afirmou ele a jornalistas após a reunião com o titular da Fazenda.

Segundo ele, a decisão de decretar estado de calamidade pública por estes estados será comunicada ao país por meio de uma nota já na próxima semana. “Na hora em que tiver 14 ou 15 estados decretando estado de calamidade, qual a consequência? Um ambiente muito ruim no país”, concluiu o governador do Piauí.

Sem ‘fôlego’ para serviços essenciais
De acordo com o governador da Paraíba, Ricardo Coutinho, não houve avanços no encontro com o ministro da Fazenda. “O problema todo é que  nesse país, quem fez o dever de casa, se endividou menos, cortou gastos, diante de uma crise que três anos o PIB caiu 7%, a maior depressão econômica que esse país já viu, se vê hoje na condição de que todo trabalho feito corre o risco de ser perdido por falta de um auxílio que se faz necessário”, declarou.

Coutinho disse ainda que estes estados querem um “fôlego” para “não desorganizar os serviços”. “Você imagina o que é hospital, segurança, os serviços públicos mais essenciais, sem capacidade de ter continuidade. Esse diálogo não está avançando e eu acho muito ruim porque você pode ter 14 estados que tenham de decretar calamidade”, acrescentou

Ele afirmou ainda que os estados não desejam decretar calamidade pública, mas avaliou que é preciso ter uma resposta por parte do governo federal. “Nos não queremos que chegue a isso, até mesmo porque é ruim para os estados, mas seria péssimo para a confiança do país, mas precisamos ter uma resposta”, concluiu.

Renegociação com os estados
Segundo o secretário de Fazenda do Rio Grande do Norte, André Horta, que também participou do encontro com o ministro Meirelles, todos os estados do Norte e do Nordeste informaram que ingressarão com decreto de calamidade pública, com exceção do Ceará e do Maranhão.

“Se esperou muito governo para tomar essa medida. Se falou em muitos assuntos, inclusive na possibilidade de se iniciar de novo as tratativas do PL 257 [que renegociou a dívida dos estados]. Se não tem lastro [recursos] para ajudar a todos estes estados, vamos pegar o lastro que foi reservado para fazer o pacote de ajuda aos estados e vamos repactuar esse plano. Não é isso que se quer. Todo mundo foi solidário como a forma como foi concedida ajuda”, acrescentou Horta.

Após o governo recuar e abdicar da exigência de que os estados não poderiam conceder reajustes salariais aos seus servidores por dois anos, o plenário da Câmara dos Deputados aprovou em agosto, por 282 votos a favor e 140 contra, com duas abstenções, o texto principal do projeto de lei sobre a renegociação das dívidas estaduais. Os destaques foram posteriormente rejeitados.

Pelo texto, os estados terão um alongamento, por 20 anos, do prazo para quitação das dívidas estaduais com a União, além da suspensão dos pagamentos até o fim deste ano – com retomada gradual de 2017 em diante – e alongamento por 10 anos, com quatro anos de carência, de cinco linhas de crédito do BNDES. O alívio para o caixa dos estados é estimado em R$ 50 bilhões até meados de 2018.

Carta ao presidente em exercício
Os governadores dos estados do Norte e do Nordeste já tinham enviado, no fim de junho, uma carta ao presidente em exercício, Michel Temer, pedindo uma ajuda especial para as regiões.No documento, eles informaram que os estados dessas regiões “pouco aproveitam” da renegociação da dívida, pois são “pouco endividados”.

Além disso, os governadores alegam na carta que transferências federais, em especial do Fundo de Participação Estadual (FPE), sofreram uma queda real nas suas receitas em 2014 e 2015, mantendo-se a previsão de queda também neste ano, e que esses valores já haviam sido estimados como receita.

Também na carta, os governadores das regiões Norte e Nordeste dizem que a Constituição Federal prevê “tratamento isonômico” do governo federal junto às Unidades Federadas e ameaçam ir ao Supremo Tribunal Federal, caso não sejam atendidos, buscando um “tratamento igualitário, conforme mandamento constitucional”.

Veja a íntegra da nota do Ministério da Fazenda
“O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, reiterou nesta terça-feira a um grupo de 17 governadores, além de parlamentares, que a prioridade do governo é cumprir a meta de resultado fiscal de R$ 170,5 bilhões de déficit em 2016 como forma de “dar segurança” à sociedade sobre o compromisso com o ajuste fiscal. Desta forma, avaliou, será possível consolidar o atual cenário de otimismo com a volta do crescimento e a reversão da recessão econômica.

“Nossa avaliação é de que temos que dar segurança à economia e à sociedade de que o governo vai cumprir o resultado primário de modo que a confiança volte. Já está voltando no serviço, no comércio, na indústria e no consumidor. É fundamental que sejamos capazes de cumprir a meta”, disse o ministro em reunião com osgovernadores, dois senadores e três deputados federais.

Meirelles reafirmou, ainda, aos chefes dos Executivos estaduais que a melhora dos indicadores econômicos aponta para a retomada da economia e lembrou a previsão de crescer 1,6% em 2017.

Ao receber os governadores, o ministro reafirmou que o descontrole do crescimento da dívida pública é a causa da atual situação fiscal dos Estados e da União. E reforçou a necessidade do alinhamento dos pedidos dos Estados com a Lei de Responsabilidade Fiscal e a meta de resultado primário.

O ministro se comprometeu a levar os pedidos de auxílio financeiro dos governadores ao conhecimento do presidente Michel Temer para discutir alternativas no enfrentamento da crise dos Estados”.

 Blog Inaldo sampaio

150921223432_sp_gilmar_mendes_640x360_stf_nocreditGrupo de juristas, entre eles Celso Antonio Bandeira e Melo e Fábio Konder Comparato, protocolaram no Senado nesta terça-feira (13) o pedido de impeachment do ministro Gilmar Mendes (STF) por “comportamento partidário”.

Segundo eles, o ministro se comporta na Suprema Corte de forma “leniente” em relação a denúncias envolvendo membros do PSDB e “extremamente rigoroso” em relação ao PT, “nomeadamente aos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, não escondendo sua simpatia por aqueles e sua ojeriza por estes”.

Com esse “comportamento partidário”, dizem os juristas, o ministro agride a Constituição, a Lei Orgânica da Magistratura e o seu Código de Ética, pois não atua com imparcialidade nos processos sob sua relatoria e concede entrevistas com freqüência, nas quais antecipa seus votos e discute o mérito de questões ainda pendentes de julgamento.

O pedido também fou subscrito pelo professor Roberto Amaral, primeiro substituto de Eduardo Campos na presidência nacional do PSB.

Os juristas também acusam o ministro, que foi nomeado para o STF pelo então presidente FHC, de utilizar o cargo para defender interesses do grupo político que defende (PSDB).

“O partidarismo do ministro denunciado chegou a extremos constrangedores quando do julgamento, pelo STF, da ADI 4.650-DF, interposta pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil para arguir a inconstitucionalidade das disposições legais que permitiam, nas eleições para cargos públicos, o financiamento por empresas privadas. Com a votação, a ADI praticamente decidida, o ministro requereu vistas dos autos e com ele permaneceu durante longos 18 meses, frustrando a ação do STF”, dizem os juristas na petição.

Eles citam outros casos em que o ministro teria agido partidariamente: quando fez “graves acusações à Procuradoria-Geral da República e aos procuradores de um modo geral” devido aos vazamentos de delações premiadas e quando criticou a Lei da Ficha Limpa dizendo que seus autores estavam “bêbados” quando a redigiram.

Foram arrolados como testemunhas o escritor Fernando Morais, a historiadora Isabel Lustosa, o jornalista José Carlos de Assis e o ex-deputado Aldo Arantes. O ex-presidente da OAB, Marcelo Lavenere, vai acompanhar a tramitação do processo no Senado cujo presidente, Renan Calheiros, deverá opinar pelo arquivamento do pedido.

Da Redação

maxresdefaultO Moda Center Santa Cruz é um dos mais vitoriosos empreendimentos comerciais do Brasil e está comemorando dez anos de funcionamento com uma vasta programação, que começa hoje e vai até a próxima sexta-feira, em um pavilhão montado na parte externa do pavilhão. Entre as atrações do Estilo Moda Pernambuco estão um show com o cantor Flávio José e a palestra “Um jeito arretado de fazer negócios”, proferida pelo escritor e empreendedor cultural Bráulio Bessa.

Do evento, consta ainda a realização de diversas palestras sobre empreendimentos, negócios e modas, além de encenações teatrais contando a história do empreendimento. Acontecerão desfiles organizados pela Rota do Mar, Acqualara, Camboriú, Cat Pink, Dela Francie, Del Hira, Sport Company, Joggofi e Rio Ondas. Também estarão presentes vários artistas, inclusive a atriz Carol Nakamuru, que é garota propaganda do Moda Center.

O síndico do Moda Center, Allan Carneiro, disse que o objetivo da promoção é mostrar aos produtores e negociantes de moda a importância de se agregar valores aos produtos, fazendo com que o local se torne ainda mais conhecido da população do sudeste e do centro oeste, ampliando a imagem do centro de vendas de confecções.

“Queremos ampliar nossas atividades, promovendo a modernização dos estabelecimentos e a profissionalização de todos os setores envolvidos no Moda Center”, afirmou Allan.

MOVIMENTO – O movimento no Moda Center é verdadeiramente imenso. Nos dias de segunda e terça-feira passam pelo local cerca de 30 mil pessoas, enquanto nos períodos de maior fluxo, como o final do ano, mais de 100 mil pessoas circulam pela extensa área, onde estão instaladas 707 lojas e mais de 9.600 boxes.

Texto: Secom/Cabo

educacao_escola_park_modelo_02randyaugusto-copiaO ensino da rede pública municipal do Cabo de Santo Agostinho apresentou um crescimento significativo, de acordo com o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB). Os dados mostram que a melhora na educação vem aumentando gradativamente nos últimos anos. Em 2013, o resultado foi de 3,9 para o Ensino Fundamental Anos Iniciais, ascendendo para 4.6 em 2015, ultrapassando a média projetada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) para esse ano que era de 4.4. Já o índice do Ensino Fundamental Anos Finais subiu de 3.1 em 2013 para 3.5 em 2015, chegando próximo da meta, acompanhando a tendência nacional.

Os resultados do IDEB 2015 foram divulgados esta semana pelo INEP, e calculados a partir do desempenho obtido pelos alunos que participaram da Prova Brasil/SAEB 2015 e das taxas de aprovação, calculadas com base nas informações prestadas ao Censo Escolar.

A escola que obteve o melhor resultado dos Anos Iniciais foi a Vereador Edvaldo Martins, do bairro do Malaquias, com o IDEB de 5.5. Já a unidade municipal que conquistou o melhor resultado dos Anos Finais foi a Escola Modelo Padre Antônio Melo Costa, situada no bairro da Charneca, que obteve o IDEB de 4.3.

Para o secretário municipal de Educação, Adelson Moura, o aumento no IDEB significa o esforço de toda a gestão em priorizar os investimentos na área do ensino. “Os investimentos que foram realizados nos últimos anos puderam proporcionar esse crescimento no IDEB. Na gestão do prefeito Vado da Farmácia, só temos a agradecer todo o empenho dos diretores, professores e alunos da rede municipal”, comentou.

 

“Um prefeito necessita de muitos apoios na Câmara para ter êxito em sua gestão”

Por Márcio Maia

fd4a2eee61998fa84676d27bec630cbdO vereador Vicente André Gomes (PSB) é um dos mais experientes políticos pernambucanos com muitos trabalhos realizados na Câmara de Vereadores do Recife e na Câmara Federal. Integrante de uma importante família, onde se destacou seu pai, o médico e deputado Moacir André Gomes, conseguiu conciliar o trabalho como médico cardiologista e como parlamentar.

Atualmente, ocupa a presidência da Câmara Municipal do Recife, onde realizou importante trabalho que permitiu ao prefeito Geraldo Julio (PSB) ter seus projetos aprovados sem emendas. Ele disse em entrevista exclusiva ao jornalista Márcio Maia, do Blog Revista TOTAL, que, no regime presidencialista em vigor no Brasil, o gestor público, seja prefeito, governador de Estado ou presidente da República, precisa contar com o apoio da maioria do Parlamento.

Blog Revista TOTAL – Como o sr. vê a atual situação da política brasileira?

Vicente André Gomes – O Brasil vive um momento muito conturbado politicamente falando. O processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) deixou todo mundo muito preocupado porque os dois lados se exacerbaram e aconteceram muitas discussões pesadas com fortes acusações dos dois lados. O plenário do Congresso Nacional viveu momentos complicados com deputados e senadores fazendo acusações graves.

BRT – Com a sua experiência parlamentar, o que deverá acontecer nos próximos meses?

VAG – O presidente Michel Temer (PMDB) terá muita dificuldade para governar. Os aliados do PT vão fazer uma oposição muito forte, tentando obstruir os projetos encaminhados pelo Poder Executivo, até porque serão necessárias medidas impopulares para solucionar a grave crise financeira que atravessamos. O PT vai continuar denunciando que houve um golpe com o único objetivo de afastar Dilma do Palácio do Planalto para que fossem tomadas medidas contrárias aos interesses dos trabalhadores.

BGT – E aqui no Recife?

VAG – O prefeito Geraldo Julio tem tudo para conseguir uma grande vitória nas próximas eleições municipais. Sua campanha está muito bem elaborada, tem o apoio da maioria da população e ele tem se mostrado um político muito competente e eficiente. Para mim, foi uma grande revelação como político, pois já conhecia sua capacidade como gestor público, por ter acompanhado suas ações na grande equipe montada pelo ex-governador Eduardo Campos para transformar Pernambuco em um dos mais desenvolvidos Estados do Brasil.

BGT – O que é mais importante para um gestor público conseguir sucesso?

VAG – Um gestor público tem que ter algumas qualidades para conseguir sucesso ao assumir o cargo. Primeiro, ele deve ter a competência para montar uma equipe de trabalho que esteja sintonizada com o seu programa de trabalho, tenha capacidade administrativa e muita disposição para o trabalho, pois administrar uma Prefeitura como a do Recife não é fácil. O Recife tem muitos problemas e não é fácil resolvê-los, porque infelizmente, a Prefeitura não dispõe dos recursos necessários para solucioná-los. Sendo assim, é necessário que se elejam as prioridades e isso é muito difícil porque todos os setores da sociedade consideram as suas demandas como as prioritárias.

BGT – E a questão política?

VAG – Esse é um ponto no qual o prefeito Geraldo Julio tem se destacado. Nos primeiros dias de gestão, ele procurou as lideranças dos partidos que o apoiaram e começou a conversar. Disse estar disposto a atender todas as reivindicações encaminhadas pelos vereadores e realmente cumpriu a promessa. Durante seus mais de três anos de mandato, não tivemos qualquer problemas para aprovar os projetos encaminhados pelo prefeito, porque ele sempre discutiu as questões e ouviu as opiniões e sugestões dos vereadores. Por isso que hoje, ele tem o apoio da maioria esmagadora dos partidos políticos para sua reeleição. Um prefeito, assim como os governadores e o presidente da República, necessita de uma base parlamentar forte para ter uma boa gestão.

BGT – Na Democracia, alguém pode administrar sem base parlamentar?

VAG – De maneira nenhuma. Podemos citar como exemplo a presidenta afastada, Dilma Rousseff, que, por não ter jogo de cintura para controlar a Câmara Federal e o Senado, perdeu todas as condições de fazer uma boa gestão. Podemos citar os casos que ficaram famosos chamados pela Imprensa de “Pauta bomba”, quando foram aprovados diversos projetos que aumentavam as despesas do Governo Federal, quando ela queria diminuir os gastos. Isto ocorreu porque ela perdeu sua base no Parlamento por não conseguir atender os pedidos dos deputados e senadores para suas bases eleitorais.

BGT – Quais suas grandes realizações como presidente da Câmara de Vereadores do Recife?

VAG – Considero como o ponto mais positivo fazer com que a Cama funcionasse plenamente, realizando as sessões discutindo assuntos relevantes para as comunidades, mantendo as comissões analisando tudo com seriedade e eficiência, e também implantando algumas coisas importantíssimas, como o Portal da Transparência, no qual a população pode acompanhar todo o andamento da Casa. Regularizamos as finanças, com o enxugamento das despesas e até com o congelamento dos proventos dos vereadores. Foram decisões e ações muito sérias e que conseguimos tomar com o apoio do plenário, que as aprovou totalmente.

BGT – Como o sr. analisa as escolhas de Eduardo Campos pelos nomes de Geraldo Julio e Paulo Câmara?

VAG – Eduardo Campos era um político muito sagaz e enorme visão de futuro. Ele percebeu que o eleitorado estava desejando o aparecimento de nomes novos que não tivessem muita ligação com os políticos tradicionais. Então escolheu Geraldo Julio para se candidatar a prefeito, obtendo êxito, e depois Paulo Câmara para concorrer ao Governo do Estado. Também conseguindo a vitória. Os dois, apesar de não terem história na disputa de eleições, tinham vasta experiência na administração pública porque já tinham sido secretários de Estado e sabiam como o sistema funciona.

BGT – Qual o grande desafio do próximo prefeito do Recife?

VAG – Eu tenho certeza que Geraldo Julio vai ganhar a eleição. Aponto que o maior desafio que ele vai encontrar será conseguir as verbas para concretizar todos os projetos que ele tem inclusive, muitos já estão encaminhados e não foram realizados justamente, por falta de dinheiro. O Fundo de Participação dos Municípios teve uma queda muito acentuada e essa situação deverá perdurar por mais alguns anos, como têm dito os economistas especialista no assunto. Mas, com muito cuidado na liberação das verbas, ele conseguirá realizar a maioria do que está prometendo em sua campanha.

Blog do Josias

eduardocunhatarjalulamarquesEduardo Cunha é, hoje, um dos políticos mais detestados do país. A pesquisa mais recente do Datafolha mostrou que 85% dos brasileiros querem que seu mandato seja passado na guilhotina. A Câmara marcou para a noite desta segunda-feira o tão esperado momento. O encontro de Cunha com o cadafalso ocorre quase um ano depois da abertura do processo de cassação, em 13 outubro 2015. É o mais longo processo da história da Câmara.

Deve-se a demora às infindáveis manobras protelatórias adotadas por Cunha —artimanhas facilitadas por uma rede de proteção tecida com os laços monetários que unem o acusado a dezenas de deputados. De repente, inverteu-se a relação custo-benefício. As urnas municipais ameaçam cobrar um preço alto pela devoção ao profano. E as enquetes jornalísticas começaram a revelar que já se formou maioria a favor da interrupção da amnésia combinada que faz de Cunha um ser inimputável.

Os deputados não têm alternativa —ou param de agir como se nada tivesse sido descoberto sobre Cunha ou param de fingir que representam os eleitores. Se optarem por qualquer solução diferente da perda do mandato, estenderão um tapete vermelho para que o Supremo Tribunal Federal conclua o serviço que iniciou ao arrancar Cunha da linha sucessória da República, afastando-o da presidência da Câmara e suspendendo o exercício do seu mandato.

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