Humberto critica nomeação para o CNE de empresário da área de educação
O senador Humberto Costa (PT) criticou no Recife, neste final de semana, a nomeação pelo ministro Mendonça Filho de Antonio Carbonari Neto para o Conselho Nacional de Educação (CNE).
Segundo ele, Carbonari representa o “ensino privado” porque é fundador e proprietário da Faculdade Anhanguera.
“O ministro da Educação vem minando aos poucos programas importantíssimos como o ‘Ciência Sem Fronteiras ‘e já fala em privatização de cursos em universidades públicas”, disse o senador pernambucano, embora sem nominar que cursos são esses.
Ele disse também que está é a segunda indicação de nomes vinculados a grupos privados de ensino que Mendonça Filho faz para o Ministério da Educação.
A primeira, frisou, foi a do economista pernambucano Maurício Romão, que teria ligações com o grupo “Ser Educacional” do empresário paraibano Janguiê Diniz
Romão ocupa desde maio a Secretaria de Regulação e Supervisão da pasta.
“Ao destituir do CNE 12 nomes indicados e aprovados por entidades independentes, o governo Michel Temer retira a independência do Conselho”, disse o líder da bancada petista.
O CNE foi criado em 1995 com o objetivo de debater a implantação de políticas educacionais.
De acordo com a legislação, pelo menos metade dos seus membros deve ser indicada a partir de consultas feitas a entidades da sociedade civil da área de educação.